• No Sul, fábricas param e pedem auxílio

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  • 09/maio 07:04
    Por Eduardo Laguna / Estadão

    As chuvas no Rio Grande do Sul provocaram paralisação de diversas fábricas. As empresas também pediram ao governo medidas emergenciais, como a redução de jornada de trabalho e salários, solução contra demissões adotada durante a pandemia. Na terça-feira, o Ministério do Trabalho e Emprego anunciou que os depósitos do FGTS pelos empregadores gaúchos serão suspensos durante quatro meses. Também será liberado aos trabalhadores atingidos pelo desastre climático o saque emergencial do FGTS.

    Na segunda-feira, a Tramontina concedeu férias a cerca de 4 mil funcionários dos setores produtivos de duas fábricas em Carlos Barbosa, a 200 quilômetros de Porto Alegre, onde a empresa produz talheres, cooktops, coifas, fornos e lava-louças.

    A previsão de retorno é na próxima quinta-feira. Segundo a Tramontina, funcionários de setores administrativos e comerciais seguem trabalhando com equipes reduzidas.

    A fábrica da GM em Gravataí, que produz o Onix, tinha retorno marcado para ontem, mas estendeu a paralisação até amanhã. A John Deere está com operações suspensas desde o dia 2 nas fábricas de Montenegro (de onde saem tratores agrícolas), Porto Alegre (equipamentos de construção) e Canoas (pulverizadores agrícolas).

    No polo petroquímico de Triunfo, a Braskem parou as unidades produtivas como medida preventiva na noite do dia 3. A siderúrgica Gerdau paralisou atividades em Charqueadas e Sapucaia do Sul. Já na fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo, as operações em Caxias do Sul foram retomadas na segunda-feira, com as áreas administrativas ainda trabalhando remotamente.

    PEÇAS

    Ontem, durante entrevista coletiva da Anfavea, a associação das montadoras, o presidente do Sindipeças, Claudio Sahad, disse que o problema mais sério ocorre em Porto Alegre. “Não acredito que faltarão componentes para as montadoras. Se houver paradas, serão pontuais e rápidas.”

    Já o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, relatou que existe preocupação das montadoras sobre a possibilidade de faltar peças. Leite ponderou que a situação do Sul pode impactar o desempenho da indústria automotiva, considerando também o peso do mercado gaúcho.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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