• No segundo mês com mais mortes e internações por covid, prefeitura flexibiliza mais atividades e contrata mais UTIs

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  • 21/04/2021 02:00

    A prefeitura divulgou ontem que as medidas restritivas do lockdown meia boca prosseguem até o dia 02 de maio, mas na verdade, neste decreto maroto, acabou flexibilizando mais atividades como cinemas, teatros, parques, casas de festas, casamentos e por aí vai. E olha que abril, com mais 10 dias pela frente, é o segundo mês com mais mortes pela covid-19 – são 124 no total.

    Mais UTIs

    Com cada vez mais comprometida a lotação das UTIs a prefeitura abriu licitação para contratar, em hospitais particulares, mais 15 leitos de UTI adulto, valor total de R$ 15 milhões por 12 meses.  Sobre medidas que possam reduzir as internações não há nenhum plano à vista. Desde 12 de março os leitos operam acima de 80% de ocupação, com o índice de máximo de 99,07% alcançado dia 30.

    HNSA

    Com sobrecarga de pacientes nos últimos meses – os particulares chegaram a anunciar em alguns momentos ocupação total de seus leitos – é pouco provável que hospitais como HST e SMH, por exemplo, consigam disponibilizar mais leitos pelo SUS. O único que tem capacidade seria o Nossa Senhora Aparecida.  

    Mas, gente…

    A prefeitura está administrando, ela própria, 10 leitos de UTI no Hospital Clínico de Corrêas, uma forma, segundo eles, de agilizar que fossem liberados e passassem a receber pacientes. Mas agora pasmem: a prefeitura, como não gere os demais setores do hospital, não consegue nem mesmo os medicamentos necessários e a farmacêutica do hospital vai só uma vez por semana. Mas eles não pensaram que as UTIs precisam de outros setores?

    Como assim?

    Depois de mais de 15 dias nessa agora vão nomear um interventor do município no HCC para acabar com os problemas administrativos. E isso tudo foi dito pelos representantes do Sehac e da própria Secretaria de Saúde aos ministérios públicos estadual e federal em uma reunião. Isso mesmo: admitiram que não houve planejamento e nem mesmo uma operação para gerir os leitos.  A gente chega a ouvir a música de abertura de Os Trapalhões ao fundo…

    Nem mesmo do prédio onde funcionam suas repartições, na Barão do Rio Branco, a prefeitura vem cuidando.

    2 toneladas de alimentos para doação

    O Sicomércio Petrópolis conseguiu junto ao Mesa Brasil Sesc  a doação de duas toneladas de alimentos para entidades filantrópicas da cidade. A distribuição será feita dia 27, no Palácio Quitandinha. O Mesa Brasil Sesc é uma rede nacional de Bancos de Alimentos que atua contra a fome e o desperdício. É formada por mais de 3.000 parceiros (produtores rurais, atacadistas e varejistas, centrais de distribuição e abastecimento e indústrias de alimentos, além de empresas de diversos ramos de atividade), que doam seus excedentes de produção, alimentos fora dos padrões de comercialização, mas em condições seguras, próprios para o consumo.

    Antes tarde…

    A Alerj decidiu que vai fiscalizar as obras do governo do estado  incluindo as estradas. A Comissão de Obras anunciou quer saber quais dos convênios do Somando Forças foram executados, os que não foram e os que serão retomados. Gente, mas isso ainda é do governo Pezão, em 2013… Não foi fiscalizado até agora?

    Contagem

    Petrópolis está há 110 dias sem prefeito eleito pelo povo.

    Raspas

    Enquanto os R$ 35 milhões em asfalto não chegam – prefeitura marcou licitação para escolher a empresa na semana que vem – o jeito é usar o que tem. As estradas vicinais dos distritos seguem tendo a manutenção feita com raspas de asfalto que sobram de obras do DER.

    Consequências

    Em 2020, o Brasil registrou 275.587 óbitos a mais que o previsto para o ano. Desse total, 220.469 foram vítimas da covid-19, mas outros 55.117 morreram por outras doenças.  As estatísticas indicam que, além das perdas pelo vírus, a crise sanitária causou mortes de quem poderia sobreviver em outra situação. E ainda há a previsão de novos 50 mil casos de câncer por ano por causa do atraso no diagnóstico da doença neste período pandêmico.

    E os notes?

    Lembra do Programa Professor Tecnológico de Petrópolis? Foi anunciado no final de fevereiro e iria entregar para professores regentes de turma e equipes gestoras da rede um subsídio de R$ 3 mil, em parcela única, para a compra de notebooks.  Nunca mais se falou no assunto e nem sabemos se algum professor já comprou seu notebook.

    O céu de Outono, entre montanhas, na BR-040, perto das trilhas no Brazão.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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