Com a chegada do inverno e dos dias frios, o aumento dos cuidados não está destinado apenas aos humanos, mas também aos bichinhos de estimação. Os cães, por exemplo, também ficam suscetíveis a problemas com sintomas semelhantes ao resfriado.
Neste período, veterinários alertam sobre a tosse dos canis ou gripe canina, como também é chamada, causada principalmente por três agentes infecciosos: a bactéria Bordetella bronchiseptica e os vírus parainfluenza e adenovírus. Esses vírus podem agir de forma isolada ou em combinação.
De acordo com a médica veterinária, Priscila Mesiano, da Clínica Amigo Bicho, o animal contaminado apresenta acessos de tosse seca, contínua, parecendo que está engasgado, às vezes, expectorando um tipo de espuma branca.
“Os sintomas podem piorar com exercício ou agitação, sendo que a doença pode gerar broncopneumonia, apatia, febre, corrimento nasal, secreção nos olhos e perda de apetite. Nos filhotes e nos animais mais debilitados, devido a outros agentes e a baixa imunidade, o quadro pode levar a óbito”, esclarece.
A melhor prevenção é por meio de vacinas específicas para “gripe canina”, realizada em duas doses, com intervalo de 30 dias entre cada uma e revacinação anual em uma só dose. Nos filhotes, deve ser aplicada a partir dos quatro meses de vida.
A vacinação também é importante porque a doença é altamente contagiosa, já que animais sadios podem se infectar apenas expondo-se à tosse ou espirros de cachorros doentes, o que origina a denominação “tosse dos canis”, pois a doença torna-se comum, onde vários cães são confinados juntos.
“Uma vez que o animal já esteja contaminado, entra em cena o uso de antibióticos, xaropes para alívio da tosse e anti-inflamatórios, além de ser fundamental resguardar o bichinho, evitando que ele fique exposto ao frio, vento e umidade”, alerta a médica veterinária.
A cura da doença se dá em aproximadamente 15 dias de tratamento. Entretanto, depende da reação individual de cada paciente.