• No Dia Nacional do Circo, Secretaria de Cultura do Estado destaca editais voltados para o segmento artístico

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  • 30/03/2021 16:05
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    O Dia Nacional do Circo foi celebrado no último sábado, dia 27 de março. E, para valorizar todos os profissionais desta atividade cultural tão representativa no país e, em especial, no território fluminense, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa apoiou 17 grupos no âmbito da Lei Aldir Blanc durante a pandemia da Covid-19.

    Os primórdios da tradição circense remontam ao período da Antiguidade, e o formato parecido com o que conhecemos atualmente já existia no Império Romano. Tamanha tradição não impede que o circo venha se modificando e incorporando recursos modernos. Que o digam grupos que atuam no Rio de Janeiro.

    Apesar das dificuldades enfrentadas neste momento turbulento, as companhias vêm lutando para manter sua coesão. Um dos 17 grupos beneficiados foi o Estoril. A companhia conta com um total de 62 pessoas, entre artistas e equipe de produção.

    As famílias que vivem dessa atividade encantadora passaram por dificuldades no ano passado, por conta do isolamento social e a proibição dos espetáculos, mas a ajuda apareceu por diversos caminhos, impedindo a interrupção de um trabalho de gerações.

    Nivaldo Júnior, que comanda a trupe, herdou suas habilidades circenses da família portuguesa, que veio de Portugal para o Brasil no fim do século XIX. O Estoril já percorreu todos os estados brasileiros e até parte da América Latina, levando atrações tradicionais como palhaços, malabaristas e contorcionistas. No entanto, vem se destacando cada vez mais com números modernos, como os de ilusionismo.

    “Fazemos aparecer um helicóptero. Pelo ilusionismo, um carro vira robô e até lançamos um homem-bala a 15 metros de altura. As crianças adoram, mas na realidade os pais e avós vibram ainda mais”, conta Nivaldo Júnior.

    Circos buscam modernidade

    A modernidade também tem sido buscada pelo Saltimbanco. Apesar de ser especializado em apresentações clássicas, o circo vem inovando para se adaptar à internet. Os números são gravados e exibidos em redes sociais ou transmitidos através de lives.

    Por conta do agravamento da Covid-19, suas próximas apresentações foram canceladas, tanto no Rio quanto em Niterói, mas o público pode acompanhar a trupe através do Facebook e Instagram, este pelo perfil @circoteatrosaltimbanco.

    “A internet virou nosso picadeiro. Ainda estamos nos aperfeiçoando nas filmagens e transmissões, e precisamos aumentar o número de seguidores. Mas é um caminho sem volta. Mesmo quando tudo estiver normalizado, essa tecnologia vai nos acompanhar para sempre”, afirma Jonathan Cericola (foto), palhaço e diretor do Saltimbanco, que comanda trupe de oito artistas.

    Como em muitos circos brasileiros, no Saltimbanco os artistas também assumem parte da produção. Além da versatilidade, a dedicação e o amor ao picadeiro fazem com que essa tradição nunca morra.

    Por que comemora-se em 27 de março?

    Celebrado todo 27 de março, o Dia Nacional do Circo é uma homenagem ao palhaço Piolin. O nome artístico foi utilizado pelo paulista Abelardo Pinto (1897-1973), que dedicou a vida inteira aos picadeiros. A data foi escolhida por ser seu dia de nascimento.

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