No Dia do Atleta Profissional, conheça a história de petropolitanos que levam o nome da cidade a diversos lugares do Brasil e do mundo
Nesta sexta-feira (10), é comemorado o Dia do Atleta Profissional. Dia de pessoas que dedicam seu tempo e esforço em nome do esporte em que acreditam e também daquelas que suam a camisa para deixar seus nomes marcados no Brasil e no mundo. Em Petrópolis, celeiro de grandes atletas em diversas modalidades, não é diferente. Conheça algumas histórias inspiradoras de atletas petropolitanos.
Matheus Farias
Aos 23 anos, Matheus é lutador de Muay Thai. Há oito anos dentro da modalidade, ele conta que não foi fácil trilhar seus caminhos dentro do esporte: “Comecei no muay thai em 2015, por conta do convite de um amigo meu, já que o irmão dele era o treinador e me conhecia desde os quatro anos. Fui no primeiro treino do ano, mas não conseguia arcar com o valor e só voltei em agosto do mesmo ano. O treinador viu minha disciplina no terceiro mês e me chamou para treinar junto com os atletas. No início eu apanhava muito, por treinar há pouco tempo. Então passei a treinar todos os dias, das 15h às 22h. Evoluí até minha primeira luta, que foi em março de 2016. Venci por nocaute no primeiro round e percebi que era o que queria para mim, já que a sensação de lutar e ter vencido era inexplicável.”
Matheus teve que conciliar a carreira com estudos e outros trabalhos:” Eu ia para a escola, trabalhava à tarde como barbeiro, ia para a academia e voltava para casa por volta das 23h. No primeiro ano, depois da luta inicial, venci mais sete lutas. Porém, no fim do ano, sofri uma lesão na coluna e fiquei oito meses parado.”
De lá para cá, Matheus só evoluiu dentro do esporte, ganhando mais uma luta em 2017 e sendo eleito o melhor lutador do estado do Rio de Janeiro. Em 2019, lutou no Portuários Stadium, o estádio profissional do muay thai no Brasil. Após conquistar outras lutas, Farias abriu sua própria academia, a Fight Corner, onde ele e os atletas representam a equipe Imperial Fight no muay thai, além de ter outras modalidades.
“Do meu ponto de vista como atleta, professor e futuro profissional de educação física, o esporte deve fazer parte da vida de todos. Meu filho fará esporte, seja qual for, e recomendo que todos façam, pois os valores que o esporte traz, não encontramos em outro lugar. O muay thai me deu tudo que tenho hoje, desde o caráter até os bens materiais.”, finaliza o atleta.
Gabriel Pec
Atleta do Vasco da Gama, Gabriel Pec, de 21 anos, carrega, literalmente, a cidade em seu nome, já que o apelido “Pec” significa “Petrópolis Esporte Clube” – extinto time de futsal do município. No profissional do Vasco há várias temporadas, Gabriel Pec tem 132 jogos com a camisa cruzmaltina, com 16 gols marcados, sendo o segundo jogador com mais partidas pelo clube no elenco. Na atual temporada é o artilheiro da equipe, tendo marcado quatro gols nos últimos quatro jogos.
Júlia Satyro
A jovem Júlia Satyro compete no Levantamento de Peso Olímpico (LPO) e conta sua trajetória dentro do mundo esportivo: “Comecei em 2017, aos 12 anos, fazendo ginástica artística em um projeto social. Sempre tive predisposição ao esporte e gostava muito da ginástica. Em 2021, ainda fazendo ginástica, me interessei pelo crossfit e comecei a praticar. Meses depois, fiz uma aula específica de levantamento de peso olímpico e o professor da aula me chamou para ser uma atleta ‘amadora’, competindo em pequenas competições. Ali começou a minha trajetória.”
Mesmo com apenas 17 anos, Júlia já tem vários títulos, como o Open de LPO, em 2021, a Copa Santa Luzia, o Campeonato Estadual e o Brasileiro, o Estadual não federado, o Estadual Sub-17 e o Brasileiro Sub-17, todos de 2022. Além disso, a atleta é recordista estadual na categoria de 49 kgs na categoria sub-17, com arranco/snatch de 60 kg e arremesso/clean & jerk de 75 kg.
“Tenho o incentivo dos meus pais como motivação, além dos resultados crescentes e objetivos em competições. Para mim é muito bom e importante ter encontrado um esporte no qual eu pudesse ser atleta profissional e dedicar parte da minha vida a isso. É muito bom também pelos aprendizados que o esporte me proporciona enquanto pessoa e profissional.”, finaliza Júlia.
Luiz Henrique
Luiz Henrique, de 22 anos, também se destaca dentro do mundo do futebol. Revelado pelo Fluminense, o petropolitano se transferiu em julho do ano passado para o Real Bétis, da Espanha. Por lá, segue se destacando, tendo sido escolhido para a pré-lista de Tite para a Copa do Mundo. O atacante, no novo clube, tem 27 partidas disputadas, com três gols marcados e cinco assistências.
Henrique Avancini
Aos 33 anos, Henrique Avancini é um dos maiores atletas de Mountain Bike da história do país. Seu pai tinha uma loja de bicicletas em Petrópolis que fez Avancini se tornar apaixonado desde criança. Chegou a ingressar na faculdade de Direito, mas largou para viver do ciclismo. Desde então, conseguiu ser o único atleta campeão brasileiro em todas as categorias, da base até a elite, ganhou o título mundial de MTB maratona em 2017 e venceu etapas tanto da Copa do Mundo de short track (XCC), quanto de cross country olímpico (XCO), feito inédito para um atleta brasileiro.
Leozinho
Craque do futsal brasileiro, Leozinho atuou por anos na Magnus Futsal, até agosto do ano passado, quando sua saída foi anunciada. Três meses depois, afirmou que iria migrar para o futebol, mas ainda não teve seu destino selado em nenhum clube. No futsal, o jovem do Alto da Serra deixou o seu legado, tendo sido eleito duas vezes o melhor jogador jovem do mundo e sendo convocado frequentemente para a seleção brasileira. No clube de Sorocaba, foi campeão de diversos torneios, como a Liga Nacional de Futsal 2020, o Mundial de clubes em 2018 e 2019, o Campeonato Paulista em 2020 e 2021, a Liga Paulista de 2017 e a Supercopa do Brasil em 2020 e 2021.