No ar com ‘lugar Incomum’, Didi Wagner fala da carreira e família
A nova temporada do programa Lugar Incomum, do Multishow, estreou em meados de agosto com episódios de tirar o fôlego, inteiramente gravados em quatro capitais do Brasil. Didi Wagner mostra curiosidades dos destinos percorridos, desta vez tendo o bem-estar como plano de fundo. A principal característica da apresentadora sempre foi usar o olhar já treinado a identificar peculiaridades com o intuito de proporcionar experiências inusitadas aos telespectadores, marca registrada da atração.
“O Lugar Incomum está no ar desde 2006 e é um dos programas mais longevos da grade do Multishow, e eu acredito que isso se dá, em parte, pelo compromisso que nós temos de renovar a proposta do programa e dar um tom de frescor a cada temporada. Desta vez, adotamos a busca pelo bem-estar como fio condutor para os novos episódios. Com um olhar curioso, que é a marca registrada do programa, saímos em busca de experiências inusitadas e super interessantes em cada um dos destinos visitados: Rio Branco (Acre), São Paulo (São Paulo), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), e Recife e Olinda (Pernambuco)”, diz Didi.
Dentre os lugares percorridos nesta temporada, será que algum deles conquistou o coração da apresentadora? “Difícil escolher um só lugar porque a cada cidade visitada, me deparo com muitas peculiaridades e características encantadoras. Mas é claro que conhecer uma cidade pela primeira vez tem um impacto a mais, e este é o caso de Rio Branco (Acre) e Olinda (PE)”, confessa.
“Em Rio Branco, fiz um voo de balão para avistar os famosos geoglifos e observar a Amazônia do alto, foi uma experiência muito especial. Em Olinda, visitei a Casa Estação Da Luz, centro cultural fundado por Alceu Valença e que abriga projetos de música, gastronomia, artes visuais, cinema, literatura, entre outros. Tive a oportunidade de assistir a uma apresentação de Cavalo Marinho, manifestação folclórica que mistura dança e teatro e que é uma das coisas mais poéticas que já vi na minha vida”, completa a apresentadora.
Longe da família
Segundo Didi Wagner, as gravações duram em torno de 20 dias e esse é o tempo que ela acaba ficando longe da família. “Para mim, não é fácil ficar esse tempo todo longe das minhas filhas e marido porque eu gosto bastante do nosso convívio familiar, mas o fato de eu amar o que faço e ficar muito feliz e realizada gravando o Lugar Incomum me ajuda a encarar esse período com mais leveza”, confessa.
Por conta do trabalho, a apresentadora revela que já perdeu momentos importantes da vida das filhas. “Quando comecei a gravar o Lugar Incomum, em 2006, a Laura (minha primogênita) tinha 3 anos e a Luiza (minha filha do meio) tinha 1 ano. Em 2009, veio a Julia, e depois de um período de licença-maternidade, voltei a gravar. É claro que nestes anos todos me ausentando por um período para viajar e fazer as captações do Lugar Incomum, perdi alguns momentos importantes das minhas filhas, mas em compensação ganhei muito em experiência e realização profissional. Ganhei também muitas milhas aéreas (risos). Brincadeira!”, conta.
“Me considero privilegiada por ter uma rede de apoio muito forte e segura ao meu lado. Quando estou fora, meu marido, minha família e as pessoas que trabalham com a gente estão sempre presentes na rotina das meninas, e isso foi especialmente importante quando as minhas filhas eram menores. Tenho uma relação muito bacana com o Multishow também, o que ajuda bastante na hora de definir as datas das nossas gravações”, emenda.
‘Nunca pensei em parar, pelo contrário’
Questionada se já pensou em parar, Didi Wagner foi categórica: “Nunca pensei em parar, pelo contrário. Ao longo de todos esses anos, buscamos deixar o programa sempre com um frescor e com propostas que se atualizam a cada temporada. E muito disso vem justamente dos destinos. Como o Lugar Incomum é itinerante, sempre temos um apelo diferente para explorar. Outra questão importante para nossa proposta de renovação é o fato de termos uma visão flexível e nos adaptarmos às circunstâncias específicas de cada momento. Por exemplo, na temporada que gravamos no Chile (novembro de 2018), enfrentamos vários desdobramentos porque o país enfrentava uma das maiores ondas de protestos públicos de sua história. Tivemos que adiar nossa viagem em duas semanas, mas quando estávamos lá, incorporamos o contexto nos episódios”.
Para Didi, uma das melhores coisas de viajar são os ensinamentos que adquirimos. “Tem uma frase clichê que costumo repetir porque é a mais pura verdade: ‘Viajar é uma das poucas coisas que você gasta dinheiro e fica mais rico’. Ao meu ver, uma das melhores coisas de viajar são os ensinamentos que adquirimos e as pessoas que conhecemos. Viajar traz conhecimento de novas culturas. Mais do que os belos, curiosos e algumas vezes históricos lugares das cidades por onde passei, as pessoas representam verdadeiramente o melhor de cada parte do mundo. O Lugar Incomum me traz o ensinamento e o instinto de sempre querer saber mais, aprender sobre o outro, sobre o destino que visitei, sobre a cultura, gastronomia… E a cada temporada exercito ainda mais essa minha vontade de vivenciar novas experiências.
Mulheres no mercado
As mulheres estão cada vez mais conquistando seu espaço no mercado de trabalho, se destacando em vários ramos e, principalmente, na TV. Didi Wagner é um exemplo disso, mas ela ressalta: “A participação das mulheres no mercado de trabalho vem crescendo ao longo dos últimos anos, mas sabemos que a nossa luta não é de hoje e as nossas conquistas vêm de muito esforço. Estudos continuam apontando uma enorme discrepância quando se trata de oportunidades entre homens e mulheres, mas sou otimista, apesar dos nossos desafios diários, ainda há motivos para serem celebrados e as mulheres na área comunicação são um exemplo disso. Fico feliz de fazer parte desse movimento ao lado de mulheres inspiradoras e espero que isso só cresça e que nosso trabalho sirva de motivação para muitas outras”.
Unindo cultura, entretenimento e muita dica alto-astral, o Lugar Incomum vai ao ar todas as segundas-feiras, às 18h, no Multishow.