• Nísia diz ter sido alvo, como ministra, de ‘campanha sistemática e misógina’

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  • 11/mar 08:08
    Por Sofia Aguiar, Gabriel Hirabahasi e Lavínia Kaucz / Estadão

    Ao deixar ontem o cargo de ministra da Saúde, Nísia Trindade aproveitou a cerimônia de posse do seu sucessor, Alexandre Padilha, para exaltar o legado de sua gestão e fazer uma demonstração pública de insatisfação. No seu discurso de despedida, ela disse que foi alvo de ataques misóginos enquanto ocupou a pasta.

    “Não posso esquecer que, durante os 25 meses em que fui ministra, uma campanha sistemática e misógina ocorreu de desvalorização do meu trabalho, da minha capacidade e da minha idoneidade. Não é possível e acho que não devemos aceitar como natural comportamento político desta natureza”, disse Nísia.

    “Podemos e devemos construir uma nova política, baseada efetivamente no respeito, e destaco o respeito a nós, mulheres, e no diálogo em torno de propostas para melhorar a vida de nossa população”, complementou ela, que em seguida desejou sucesso a Padilha e a todo o governo.

    ‘Reconstruir’

    Socióloga e sanitarista, Nísia afirmou ainda que assumiu uma “tarefa de reconstrução” do SUS após o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela destacou a recuperação da cobertura vacinal e a ampliação de programas como o Mais Médicos e o Farmácia Popular, além do restabelecimento do piso constitucional da Saúde com a emenda da transição.

    Dengue

    Já o novo ministro da Saúde destacou em seu discurso de posse o combate à dengue, que, segundo ele, deve ser feito a partir de um trabalho conjunto entre o governo federal, os Estados e os municípios.

    Padilha defendeu que o enfrentamento à covid-19 sirva de aprendizado para estabelecer uma política contra a dengue. “A pandemia de covid-19, a um custo muito alto, nos apontou caminhos para enfrentar possíveis surtos e endemias”, disse.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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