• Nicole Silveira conquista melhor resultado do Brasil em Mundiais de esportes de inverno

  • 08/mar 10:14
    Por Estadão

    A gaúcha Nicole Silveira, de 30 anos, entrou para a história do esporte brasileiro ao conquistar o quarto lugar no Mundial de Skeleton, registrando o melhor resultado do Brasil em competições internacionais de esportes de inverno. A atleta ficou a apenas 42 centésimos do pódio, em uma disputa acirrada contra as melhores do mundo na modalidade.

    O resultado superou a marca anterior de Isabel Clark, que havia terminado na 12ª colocação no snowboard cross em 2001. Silveira, que tem se destacado cada vez mais no circuito mundial, celebrou a conquista emocionada. “Eu estou sem palavras, é um sonho conseguir isso. Cheguei nessa competição tentando focar apenas nas descidas e no meu push (largada), sem pressão pelo resultado. Nunca imaginaria terminar em quarto lugar”, afirmou a atleta.

    A competição teve um alto nível técnico, e Nicole precisou manter a concentração até o fim. “Acho que o meu desenvolvimento nesta temporada me ajudou muito em todas as pistas. As dificuldades foram manter o foco e a cabeça no lugar para fazer as duas últimas descidas. A sorte é que eu estava mais confiante”, explicou.

    O pódio do Mundial foi formado por Kimberly Bos, da Holanda, que ficou com o ouro, a americana Mystique Ro, que levou a prata, e a checa Anna Fernstaedt, que conquistou o bronze. Nicole ficou a poucos centésimos de subir ao pódio, reforçando seu status como uma das principais atletas da modalidade.

    Para Silveira, seu resultado representa mais do que um feito individual: é um incentivo para outras mulheres no esporte. “O que a gente sonhar é possível. Não importa se somos mulheres ou não, somos tão fortes quanto os homens. Se tem um sonho grande, acredite que vai acontecer”, disse.

    Agora, Nicole já começa a pensar no próximo grande desafio: os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026. Até lá, a atleta continuará sua preparação, buscando evoluir ainda mais e, quem sabe, conquistar a primeira medalha do Brasil em competições desse nível. “O Brasil é um dos países que mais torcem, não importa o esporte. Foi emocionante sentir essa energia, como se estivesse jogando futebol. Só tenho a agradecer”, concluiu.

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