Nexus: esquerda perde em número de eleitores governados por prefeitos; centro e direita crescem
O campo da esquerda terá um número menor de eleitores governados por seus prefeitos, enquanto partidos de centro e de direita cresceram. É o que aponta levantamento da consultoria Nexus, divulgado nesta segunda-feira, 28, a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o balanço, o número de eleitores governados pela esquerda a partir de 2020 foi de 21.592.405, e agora, esse número diminuiu para 17.810.360. A redução é de 17,5%.
No cenário anterior, prefeitos de esquerda governavam 15% do eleitorado, e agora terão 12% sob as suas responsabilidades. No grupo de partidos de esquerda, foram considerados PCdoB, PDT, PSB, PT, PV e Rede.
O Estado com maior eleitorado governado por prefeitos de esquerda é o Ceará, com 65% para a esquerda, 19% para o centro e 16% para a direita. É o único Estado em que a esquerda é maior nos municípios.
O centro detém os maiores números. O eleitorado governado cresceu de 76.302.176 para 81.014.351, segundo o levantamento. O aumento é de 6,2%.
Em comparação com 2020, o centro manteve o porcentual do eleitorado governado no Brasil, de 52%. A estabilidade se deu por conta do aumento do número de eleitores aptos a votar. Em 2020, esse número foi de 147,9 milhões, e em 2024, de 155 milhões.
O centro lidera no Pará (81%), no Amapá (79%) e em Roraima (78%), considerando a proporção do eleitorado governado. São considerados de centro os partidos Agir, Avante, MDB, Mobiliza, PMB, Podemos, PP, PSD e Solidariedade.
Já a direita cresceu de 49.365.774 para 55.676.418 no eleitorado governado, aumento de 12%. Se antes esse campo governava 34% do eleitorado brasileiro, agora ficarão com 36%.
São considerados de direita os partidos Cidadania, Democracia Cristã, Novo, PL, PRD, PRTB, PSDB, Republicanos e União Brasil. A direita é maior em Mato Grosso (87%), Goiás (66%) e Tocantins (62%), de acordo com o número de eleitores governados.
Para a consultoria, os dados confirmaram a “força dos partidos de centro”, que mantiveram a proporção do eleitorado governado em nível municipal.
Além disso, a direita “mostrou força”, num momento em que o Brasil tem como presidente da República uma figura da esquerda.