• Neurotech: Demanda por crédito cai 10% em janeiro na margem

  • 05/03/2022 14:00
    Por Maria Regina Silva / Estadão

    A busca por financiamento no Brasil caiu em janeiro em relação ao aumento de 2% em dezembro. No primeiro mês de 2022, o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) cedeu 10%. Porém, apresentou crescimento de 8% na comparação com janeiro de 2021, informa a Neurotech.

    O setor de serviços foi o principal responsável tanto pelo recuo do INDC mensal quanto no confronto interanual. A demanda por crédito da categoria subiu 107% em relação a janeiro do ano passado. Em relação a dezembro de 2021, porém, houve queda de 27%. “Praticamente o mesmo ocorreu com varejo, que cresceu 12% em relação a janeiro passado e caiu 26% sobre dezembro”, informa a nota.

    Após dois meses consecutivos de queda, a procura por crédito no segmento financeiro cresceu 4% em janeiro ante dezembro. Contudo, na comparação interanual, cedeu 6%.

    O crescimento do INDC em janeiro em relação ao mesmo mês de 2021 reflete a base de comparação baixa. “É preciso lembrar que no início do ano passado, passávamos pela 2ª onda da pandemia. Logo, o crescimento em 2022 já era esperado”, observa o Diretor de Receitas da Neurotech, Breno Costa.

    Na avaliação de Costa, a busca por empréstimos deve continuar a crescer, mas é preciso criar mecanismos para dar mais acesso e baratear o custo da concessão, “ainda bastante cara”.

    No varejo, houve queda na procura por financiamento nas categorias de supermercados (-10%) e de móveis (-22%) em janeiro na comparação com igual mês de 2021. Em contrapartida, houve crescimento em Eletrodomésticos e móveis, de 59%; vestuário, de 13%; e lojas de departamento, de 26%. Já em relação a dezembro todos os segmentos registraram queda, exceto Eletrodomésticos e móveis, que se manteve estável.

    O INDC mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços. O indicador contempla um universo de 94 empresas instituições financeiras e varejistas e mensura o apetite do brasileiro ao crédito.

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