Netanyahu diz que morte de reféns partiram seu coração; campanha militar é mantida
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou em um discurso que a morte de reféns israelenses baleados por engano por tropas de Israel na Faixa de Gaza partiram seu coração e “partiram o coração de toda a nação”. As vítimas levantavam bandeiras brancas e estavam sem camisa quando foram alvejadas.
O primeiro-ministro não indicou, apesar da morte dos reféns, que haverá qualquer mudança na intensa campanha militar de Israel.
“Estamos empenhados como sempre em continuar até ao fim, até desmantelarmos o Hamas, até devolvermos todos os nossos reféns”, disse.
A revolta pelos assassinatos deverá aumentar a pressão sobre o governo israelense para renovar as negociações mediadas pelo Catar com o Hamas sobre a troca de mais reféns.
Um alto funcionário do Hamas, Osama Hamdan, reiterou que não haverá mais libertações de pessoas até que a guerra termine e Israel aceite as condições do grupo militante para uma troca. Netanyahu disse que Israel nunca concordaria com tais exigências.
Líderes militares dos EUA pressionam Israel para diminuir a campanha militar em Gaza
Os dois principais líderes militares dos Estados Unidos, o secretário de defesa, Lloyd Austin, e o presidente do estado-maior conjunto, general CQ Brown, foram a Tel Aviv para aconselhar o governo de Israel sobre as operações de combate contra o Hamas.
A ação tem como objetivo evitar uma guerra regional mais ampla. Para isso, os militares americanos querem convencer os israelitas a realizar uma transição de grandes operações para pequenas campanhas em Gaza.
A viagem ocorre no momento em que combatentes apoiados pelo Irã, os Houthi, lançaram uma onda de ataques contra navios no Mar Vermelho utilizando drones no sábado. O grupo afirmou que continuará as ações até que a “agressão” de Israel termine.
Navios americanos e britânicos interceptaram com sucesso o ataque de drones lançados pelos Houthi, segundo autoridades dos dois países. O ataque é o mais recente de uma série que ameaça a marinha americana e navios comerciais no Mar Vermelho. Os conflitos aumentaram depois de Israel ter intensificado a sua resposta ao ataque do Hamas em outubro.
Lloyd Austin e CQ Brown desempenharam papéis de liderança enquanto as forças aéreas e terrestres dos EUA faziam a transição de grandes operações de combate para um contraterrorismo menos intenso no Iraque e no Afeganistão, mas não está claro até que ponto o aconselhamento dos militares sobre as lições aprendidas irá permear o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.