Netanyahu alerta que Catar deve expulsar terroristas ou Israel fará esse papel
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um alerta direcionado ao Catar em pronunciamento nas suas redes sociais nesta quarta-feira, 10. Em vídeo compartilhado no X, o premiê israelense comparou o bombardeio realizado na terça-feira contra uma delegação do Hamas com a invasão do Iraque e do Afeganistão pelos EUA em busca de justiça pelo ataque terrorista de 11 de setembro de 2001.
“Eu digo para o Catar e para todas as nações que protegem terroristas que vocês devem expulsá-los ou trazê-los para a justiça. Caso contrário, nós faremos isso”, alertou o primeiro-ministro.
Netanyahu começa o vídeo relembrando os ataques da Al-Qaeda em território americano 24 anos atrás e disse que Israel tem o seu “próprio 11 de setembro”. “Em 7 de outubro de 2023, terroristas islâmicos cometeram a pior selvageria contra o povo judeu desde o holocausto”, afirmou.
Segundo ele, assim como os EUA, Israel agora está “caçando os terroristas que cometeram esse crime hediondo, onde quer que estejam”. “Ontem, agimos nesse sentido. Fomos atrás dos gênios terroristas por trás do massacre de 7 de outubro. E o fizemos no Catar, que dá a eles um abrigo seguro, protege terroristas, financia o Hamas e dá tudo para eles”, acusou, sem apresentar provas.
Netanyahu criticou a condenação internacional dos ataques, alegando que o mesmo não aconteceu quando os EUA “foram atrás de terroristas no Afeganistão e mataram Osama Bin Laden no Paquistão”. “Agora, vários países do mundo condenam Israel. Eles deviam se envergonhar de si mesmos”, disse. “Eles deveriam aplaudir Israel por defender os mesmos princípios e levá-los adiante.”
Na terça-feira, Israel bombardeou Doha, capital do Catar, em uma operação para assassinar líderes seniores do Hamas. A ofensiva atraiu fortes críticas de países do Oriente Médio e também de aliados ocidentais. Na quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que buscará sanções e suspensão de acordo comercial com Israel, devido a guerra na Faixa de Gaza.