Negociações sobre acordo nuclear com Irã são retomadas em Viena
Diplomatas do Irã e de potências mundiais se reuniram em Viena nesta terça-feira, 8, para tentar chegar a um acordo para reviver o pacto nuclear de 2015 com Teerã, sob crescente pressão para entregar rapidamente resultados. Negociadores do Irã e dos países que permanecem no acordo – Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China – voltaram ao trabalho após uma pausa de pouco mais de uma semana para retornar às suas capitais para consultas.
Os Estados Unidos estão indiretamente envolvidos nas negociações devido à sua retirada do acordo em 2018 sob o então presidente Donald Trump. O presidente Joe Biden deu a entender que quer voltar ao pacto. Autoridades dizem que as negociações estão chegando à fase final, embora não esteja claro quanto tempo elas podem durar. As negociações duram meses, interrompidas no ano passado devido à chegada de um novo governo linha-dura no Irã. A oitava rodada atual começou depois do Natal.
Os três participantes da Europa Ocidental alertaram que o tempo está se esgotando para uma conclusão bem-sucedida das negociações. Eles argumentaram que o pacto logo se tornará uma “concha vazia” diante da escalada do programa nuclear iraniano.
Na última sexta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, aprovou várias isenções de sanções relacionadas às atividades nucleares civis do Irã. A medida é uma reversão da decisão do governo Trump de derrubá-las. No sábado, o ministro das Relações Exteriores do Irã saudou o alívio das sanções, mas disse que era insuficiente.
Em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse nesta terça-feira que as negociações “estão atualmente em um ponto crucial” e que todos os envolvidos “devem aumentar o senso de urgência”. “Como culpados por trás da crise nuclear iraniana, os EUA devem corrigir totalmente sua política errônea de pressão máxima sobre o Irã e suspender todas as sanções ilegais contra o Irã e terceiros”, disse Zhao. “Com base nisso, o lado iraniano deve retomar o cumprimento total”, concluiu. Fonte: Associated Press