
A quantidade de negativados no país alcançou 68,76 milhões de consumidores. Em comparação com fevereiro de 2024, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 3,22% em fevereiro de 2025. Na passagem de janeiro para fevereiro deste ano, o número de devedores caiu 0,04%, um percentual reduzido. A pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostra que 41,5% da população adulta do país estava negativada no mês passado. Em Petrópolis, a estimativa é que cerca de 130 mil pessoas estejam inadimplentes em uma população adulta de 232 mil pessoas, ou seja, 56% têm dívidas.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL), Cláudio Mohammad, destaca a preocupação do setor com essa realidade. “Quando falamos de 130 mil inadimplentes, não estamos tratando de números abstratos. São consumidores locais que, ao terem o crédito restrito, reduzem seu poder de compra, afetando diretamente os lojistas e a economia da cidade”, afirma Mohammad.
O crescimento da inadimplência acompanha fatores como juros elevados e a inflação, que impactam a capacidade financeira das famílias. No Brasil, cada inadimplente tem, em média, uma dívida de R$ 4.650,21 e deve para mais de duas empresas credoras. No comércio, houve uma queda de 6,51% no total de dívidas em atraso, mas o setor bancário segue liderando as cobranças, com crescimento de 8,62% nas dívidas registradas.
Para os lojistas, a restrição ao crédito impacta as vendas e dificulta a retomada da economia. “A inadimplência gera um efeito dominó que afeta toda a cadeia produtiva. Quando o consumidor deixa de pagar, o lojista também enfrenta dificuldades para honrar seus compromissos”, explica Mohammad.
Estratégias como renegociação de dívidas, promoção da educação financeira e programas de regularização são apontadas como soluções para conter o problema. “A conscientização financeira é fundamental. O consumidor precisa entender a importância de equilibrar suas finanças para que possa manter sua capacidade de consumo de forma sustentável”, aponta o presidente da CDL Petrópolis.
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