• Navio de ajuda humanitária chega em Gaza com 200 toneladas de comida

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  • 15/mar 15:57
    Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

    O primeiro navio que levou ajuda humanitária à Faixa de Gaza por meio de um corredor marítimo a partir do Chipre chegou, nesta sexta-feira, 15, ao território palestino. Cerca de 200 toneladas de alimentos foram enviadas pela embarcação, destinadas a aliviar a crise humanitária no enclave cinco meses após o início da guerra entre Israel e Hamas.

    O navio, operado pela ONG espanhola Open Arms, deixou Chipre na terça-feira, 12, rebocando uma barcaça carregada com alimentos enviados pela World Central Kitchen (WCK), instituição de caridade fundada pelo chef de cozinha José Andrés. O navio foi inspecionado pelas autoridades israelenses antes de deixar o Chipre.

    Linda Roth, porta-voz da WCK, informou à AFP no início da tarde desta sexta-feira que a embarcação “está ligada ao cais temporário” construído a sudoeste da Cidade de Gaza e começou a descarregar os suprimentos.

    A World Central Kitchen opera 65 cozinhas em Gaza, onde serviu 32 milhões de refeições desde o início da guerra, disse o grupo. A ajuda inclui arroz, farinha, lentilha, feijão, atum e carne enlatada, segundo a porta-voz da World Central Kitchen, Linda Roth.

    O corredor marítimo aberto por iniciativa da União Europeia com apoio de outros países foi uma das soluções apontadas pela comunidade internacional para evitar a fome em Gaza. A ONU alerta para o risco de fome em Gaza, em particular no norte, de difícil acesso e onde vivem quase 300 mil pessoas atualmente.

    Diante da ameaça da fome, vários países tentam entregar ajuda humanitária por terra, mar e ar ao território. A ajuda por via terrestre chega principalmente do Egito, pelo posto de fronteira de Rafah, no extremo sul de Gaza, mas é insuficiente diante da grave escassez sofrida pelos 2,4 milhões de moradores do território palestino.

    O carregamento deve render quase 300 mil refeições e será levado ao norte do enclave. Acredita-se que cerca de 300 mil palestinos tenham permanecido na região, apesar das ordens israelenses para ir em direção ao sul, e muitos foram obrigados a comer ração animal nas últimas semanas.

    Em paralelo, também nesta sexta-feira, o Hamas, que governa Gaza, acusou o Exército israelense de atirar a partir de “tanques e helicópteros” contra pessoas que aguardavam a distribuição de farinha em uma praça na Cidade de Gaza. Os disparos deixaram pelo menos 20 mortos e 155 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O Exército israelense afirmou que “palestinos armados” abriram fogo contra a multidão. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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