• “Não adianta gente demais”, diz Castro sobre equipes de resgate em Petrópolis

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  • 18/02/2022 19:44
    Por Vinícius Ferreira

    Durante a coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (18), no 32º Batalhão de Infantaria Leve, em Petrópolis, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o governador do Estado, Cláudio Castro, falou sobre as queixas de locais onde o resgate não teria chegado. As reclamações são postadas com imagens nas redes sociais. Mas Castro disse que o tamanho das equipes na busca por sobreviventes será definida por especialistas. “Não adianta colocar 2, 3 ,4 mil pessoas ali. Isso quem manda é a técnica”, afirmou.

    Desde o início da tragédia, muitos bairros ficaram isolados, a exemplo do Caxambu, Sargento Boening e Floresta. Devido a gigantesca proporção dos deslizamentos, que atingiram de forma mais severa o Morro da Oficina, no Alto da Serra e a 24 de Maio e Rua Teresa, no Centro, maior parte do efetivo dos quase 500 militares do corpo de bombeiros, além de agentes da Defesa Civil e voluntários, se concentrou nessas áreas. Em outros pontos da cidade, eram os moradores quem reviravam os escombros, muitas vezes sem o auxílio de qualquer equipamento.

    Vídeos foram postados nas redes sociais mostrando áreas no próprio Morro da Oficina sem resgate oficial e em locais como a Rua Barão de Águas Claras, no Centro. No Sargento Boening, onde boa parte da comunidade permaneceu isolada até a manhã de hoje. No Floresta, parte das casas ficaram e ainda estão isoladas, porque ainda não foi realizado por completo o trabalho de desobstrução das vias públicas, como no caso do Morro do Calango.

    Com atuação em situações de desastres, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais se colocou à disposição das equipes do Rio de Janeiro para ajudar nos trabalhos em Petrópolis. Também o governo do Rio Grande do Sul ofereceu suporte nas buscas por desaparecidos. Ontem (17), o governo do Estado do Rio de Janeiro respondeu que “o governador Cláudio Castro solicitou apoio dos municípios de Guapimirim, Duque de Caxias, Magé, Belford Roxo e Araruama com maquinário” e que também pediu envio de cães farejadores ao governo de São Paulo e do Distrito Federal.

    Hoje, na coletiva, Claudio Castro tocou no assunto espontaneamente. “Não adianta ter gente demais aqui. A imprensa tem cobrado muito que tenham muitas pessoas. Há um problema sério de trânsito, há um problema sério do local, que ainda está instável. Não adianta colocar 2, 3, 4 mil pessoas ali. Isso quem manda é a técnica. É o Corpo de Bombeiros, é a Defesa Civil Municipal. Nós estamos com o número suficiente de acordo com o que a técnica manda. Não adianta querer encher isso de gente, porque vai criar mais confusão e dificilmente a gente vai conseguir ajudar a população. A gente pede que a imprensa entenda isso”, disse Cláudio Castro.

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