• Na China, Xi Jinping alerta Biden sobre Taiwan e pede cooperação

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  • 29/07/2022 10:51
    Por Estadão

    O presidente da China, Xi Jinping, advertiu nesta quinta-feira, 28, contra a intromissão dos Estados Unidos nas negociações com Taiwan, durante um telefonema com o presidente americano Joe Biden. Na conversa de mais de três horas não houve nenhuma indicação de progresso no comércio bilateral, tecnologia e outros pontos relevantes, como a possível visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan.

    O presidente chinês também alertou para a divisão das duas maiores economias do mundo. Empresários e economistas alertam para uma política industrial chinesa adversa e as restrições americanas para exportar tecnologia. Ingredientes que podem prejudicar o comércio global, retardar a inovação e aumentar custos.

    Os presidentes chinês e americano analisam a possibilidade de se encontrarem pessoalmente, de acordo com informações de um funcionário do governo dos EUA. Xi Jinping foi convidado para uma visita à Indonésia em novembro, para uma reunião do Grupo dos Vinte (G-20), o que pode ser um local para o encontro dos líderes.

    Sobre a possível visita de Pelosi à Taiwan, o presidente chinês rejeitou a “interferência de forças externas” que poderia encorajar Taiwan para sua independência, que é reivindicada há décadas.

    A linguagem dura de Xi, que geralmente tenta parecer acima da política com seus comentários, sugere que os americanos não compreendem a questão geopolítica de Taiwan. “Salvaguardar a soberania nacional e territorial da China é a firme vontade dos mais de 1,4 bilhão de chineses”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian. “Aqueles que brincam como fogo perecerão com ele”, afirmou.

    Taiwan e China se separaram em 1949 após uma guerra civil que terminou com uma vitória comunista no continente. Eles não têm relações oficiais, mas são ligados por bilhões de dólares de comércio e investimento. Ambos os lados dizem que são uma nação, mas discordam sobre qual governo tem direito à liderança. Fonte: Dow Jones Newswires.

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