Músicos buscam um lugar no mercado

A cidade imperial é celeiro para diversos artistas se descobrirem. Seja no campo do teatro, da música, no cinema ou até mesmo nas mais vastas áreas do segmento artístico, fato é que Petrópolis reúne uma variada população de envolvidos com o setor. São talentos que se expandem daqui para todo o país e chegam a alcançar, inclusive, o mundo. O amor pela arte de cantar ou tocar um instrumento, faz parte da vida de muitos desde a infância e quando vai chegando a hora de definir o que fazer da vida, o hobby acaba se tornando profissão. 

A cantora Débora Reis vem vivendo esse universo desde bem pequena. O pai é envolvido com sonorização, os tios, primos e irmãos também cantam e não foi diferente com a caçula. Já aos quatro anos, arranhava notas no violão e daí foram surgindo os próximos passos da carreira. A jovem já passou por festivais de música e chegou inclusive a participar de seleções para o Programa Raul Gil e Got Talent Brasil. Mas o casamento com o videomaker Lucas Lamela, fez o trabalho dar um “boom” com a divulgação de um vídeo cantando na cerimônia, em seu canal no Youtube. 

“Eu posso dividir a minha vida em dois momentos. Já havia tentado muitas oportunidades em diversos locais e quando conheci meu esposo que trabalha com vídeo, começamos um trabalho na internet. O vídeo do nosso casamento teve uma ampla visualização nas redes e após isso, decidimos iniciar um trabalho de produção para o meu primeiro EP e estamos focados em finalizar esse produto”, explica Débora. 

Foi num projeto escolar que surgiu a Banda Hágora. Inicialmente com cinco integrantes, jovens e buscando realizar um sonho. O vocalista Bruno Gregório lembra que foram muitos desafios, mas que a força de vontade nunca faltou. Com 2 CD's já lançados e um terceiro álbum previsto para este mês, o grupo mantém viva a essência de um dos integrantes, que faleceu em 2016. De acordo com Bruno, hoje a motivação é seguir em busca da realização do legado que o baixista deixou. 

“A gente chegou a pensar em desistir. Mas decidimos que não iríamos deixar o sonho morrer. Nossa história é toda baseada na coragem, principalmente por termos um trabalho todo voltado pro autoral. O apoio dos mais de 30 fãs clubes espalhados no país, além de dois no méxico e um na argentina, também  deu mais apoio e força pra trilhar um caminho vivendo daquilo que a gente ama fazer”, contou. 

Juliana Limah cresceu ouvindo o pai tocar, foi Menina Cantora de Petrópolis, onde competiu com mais de duas mil meninas para ingressar no coro principal. Após sair do grupo, iniciou uma carreira voltada para a MPB em apresentações fechadas, mas tudo mudou após escolher viver da música católica, onde trilhou um caminho por musicais em São Paulo, participou de um projeto com dez cantores da América Latina no exterior e chegou inclusive, a ter uma interpretação executada na Jornada Mundial da Juventude em 2013. 

“Eu entendi que precisava dedicar meu dom pra ganhar pessoas. E foi entregando meu talento pra Deus que tive as grandes oportunidades, fui pro exterior gravar com um grande ministério do segmento católico, passamos por diversos países, além de morar em São Paulo, onde participei de musicais produzidos por uma das maiores cantoras do ramo católico. Estamos focados agora em um EP que fala sobre os jardins e um trabalho nas redes sociais, que vem me fazendo muito feliz”, diz a cantora. 

Também no segmento religioso que o cantor Rafael Mazzi se descobriu. O trabalho começou na adolescência em grupos de jovens e orações na Paróquia do bairro São Sebastião. Hoje, cursando música como graduação e integrando o coral da Universidade Católica de Petrópolis, o petropolitano também vem investindo como artista independente e lançou neste mês, o primeiro trabalho profissional.

“Sem dúvidas a música remete tudo aquilo que eu vivenciei. Esse é um caminho que Deus me direcionou pra seguir. O sonho que começou na adolescência quando comecei a tocar e cantar, vem ganhando novas dimensões e estamos focados para muitas novidades pra espalhar o amor a todos aqueles que precisam”, finaliza.