• Musical Uirapuru vira alternativa do público na espera por shows no Rock in Rio

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  • 10/09/2022 19:52
    Por Marcio Dolzan / Estadão

    Quem vai ao Rock in Rio, claro, está mais interessado em curtir os shows de grandes bandas e artistas internacionais. Mas nem só de Coldplay, Justin Bieber, Iron Maiden, Green Day e muitos decibéis se faz o festival. Há outras manifestações artísticas, e uma das que têm chamado muita atenção é o espetáculo Uirapuru, apresentado diariamente em quatro sessões na Arena Carioca 2.

    Trata-se de um musical com 25 minutos de duração sobre a lenda de um pássaro. Quem ouve seu canto e faz um pedido, tem o desejo realizado. O enredo conta a história de um amor proibido entre um jovem guerreiro e a filha de um cacique.

    A peça tem feito sucesso. Segundo a organização do evento, apenas uma das sessões da tarde deste sábado levou mil pessoas ao local. Na sexta, mais de duas mil pessoas circularam pelo espaço.

    “Acho que toda a experiência é válida. Eu vim pro Rock in Rio pela primeira vez em 2013, e está bem diferente. Está num lugar bem melhor, bem maior, e o festival hoje em dia é mais do que só o shows”, disse a paulista Maria Victoria Mattos, 27, coordenadora de eventos. “Gostei muito da apresentação. A orquestra é maravilhosa, surreal. A produção, a qualidade de som… Parecia que eu estava entrando na Disney. O Brasil está cada vez crescendo mais nisso.”

    Durante os 25 minutos de espetáculo, 40 bailarinos e 30 músicos se apresentam num palco que conta com uma cachoeira artificial de 40 metros de extensão e cerca de 200 mil litros de água – ela é Reutilizável.

    A peça tem direção artística de Charles Möeller e Claudio Botelho, e foi criada por Roberto Medina. Zé Ricardo é o diretor musical e compôs a trilha sonora, que foi gravada pela orquestra de Heliópolis.

    “Vim para ver o Coldplay, mas gosto de teatro, e como chegamos cedo acabei me interessando. Achei muito bacana, porque tem muita coisa: música, teatro, expressão corporal”, comentou o engenheiro químico Leandro Macedo, de 29 anos, logo após assistir à primeira sessão do dia.

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