• Mulheres denunciam assédio sexual pela internet em Petrópolis

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  • 16/08/2018 19:20

    Nessa quarta-feira (15), uma jovem de 23 anos, acompanhada do noivo e de outras três mulheres, foi até a 106ª Delegacia de Polícia, em Itaipava, para prestar queixa contra um homem que enviou a elas uma série de mensagens com apelo sexual, além de palavras de baixo calão e fotos pornográficas, sem que ela tivesse feito qualquer contato com o autor. De acordo com a vítima, que prefere não se identificar, com medo de ser perseguida, pelo menos mais dez mulheres na cidade já tiveram problemas com o mesmo rapaz. 

    A primeira ligação do homem com a jovem foi através de um comentário em uma postagem dela no Facebook. A partir de então, ela começou a ser bombardeada com uma série de mensagens. A jovem disse que informou ser comprometida e que não queria este tipo de contato. "Tudo começou há mais ou menos duas semanas. Além de mandar as fotos pelo meu Facebook, ele me xingava, dizia que eu ia trair meu noivo com ele e quanto mais a gente fala que não quer, ele envia mais ainda postagens", contou. 

    Diante dos relatos que explodiram nessa semana na internet, outras mulheres se identificaram com os episódios e decidiram tomar um posicionamento em relação à postura do homem. " Reunimos diversas delas, que mandaram capturas de tela, inclusive dos mesmos casos, e montamos um grupo no WhatsApp, onde compartilhamos essas histórias e chegamos a ver que mais de vinte mulheres já passaram pelos mesmos episódios. Agora estamos procurando o cumprimento de medidas oficiais junto à delegacia", afirma. 

    Segundo o Delegado Cláudio Batista, da 105ª DP, este tipo de mensagem enviada para homens ou mulheres pode se caracterizar como perturbação. Com o registro, as equipes vão analisar os casos e ver que providências podem ser tomadas. Em postagens que denunciam os atos, o suspeito, que diz estar em Niterói, tem postado comentários em tom de deboche em mensagens de pessoas que debatem o ocorrido. Em um dos registros, ele chegou a dizer que as mulheres que se sentiam ofendidas deveriam procurar uma delegacia para registrar um "boletim de ocorrência".

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