MPRJ reforça conscientização com as comunidades contra queimadas
O Ministério Público do Rio de Janeiro reforçou, junto às comunidades, a conscientização sobre os problemas dos incêndios florestais. Por meio do projeto Morte Zero, o órgão tem atuado para fortalecer a comunidade local e ajudá-los a levar as demandas até o Poder Público. A iniciativa é coordenada pela procuradora de Justiça, Denise Tarin.
“Nós não podemos em Petrópolis, que ainda tem situações de desastres de 2022, ter outra crise de desastre. Que população aguenta queimar e, depois, deslizar?”, disse Tarin.
O projeto Morte Zero atua na prevenção de desastres naturais. A procuradora explica que as queimadas, além de agravarem a escassez de água, também podem contribuir para a ocorrência de deslizamentos e enchentes, uma vez que empobrece o solo, tira as raízes e, com isso, a água da chuva desce as montanhas levando mais terra, inclusive para os rios.
“Então, quem está em risco, não é apenas quem está lá em cima nas comunidades. Estamos todos. Essa é uma percepção coletiva que queremos ajudar a construir para formar na cidade de Petrópolis, não para que tenhamos pânico, mas, sim, consciência”, explicou.
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Em janeiro, Tarin aponta que já se sabia que 2024 seria um ano mais seco. Com isso, o governo federal editou uma regra que proíbe “todo e qualquer” tipo de fogo. No entanto, para a procuradora, faltaram ações dos governos municipais, principalmente em áreas de Petrópolis, Teresópolis e São José do Vale do Rio Preto.
“A gente entra janeiro sabendo que 2024 vai ser um ano muito seco. A tecnologia nos coloca com essa atenção. Mas, infelizmente, os governos não têm uma visão técnica sobre o ponto de vista das necessidades das comunidades”, lembrou.
Com a iniciativa, o MPRJ pretende auxiliar as comunidades neste contato com o Poder Público, evitando ações judiciais, que podem levar mais tempo para a solução.
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A Prefeitura de Petrópolis informou que sempre atuou de forma intersetorial, em parceria com todas as instituições que compõem o Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil. Segundo o município, a decretação de emergência ou abertura de gabinete de crise ocorre após comunicação de órgãos com atribuição legal.
“O governo municipal afirma toda a sua preocupação com as mudanças climáticas que provocam queimadas que aumentam a cada ano. A Prefeitura, através da sua Defesa Civil, se coloca à disposição do Corpo de Bombeiros e dos órgãos estaduais sempre quando solicitada”, diz a nota.
A nota ainda afirma que o município acionou todos os seus órgãos para prestar suporte ao Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil está em alerta desde o início dos primeiros focos. Também converteu o Posto de Saúde da Família do Caxambu em ponto de apoio para os bombeiros e que agentes comunitários orientam a população sobre prevenção aos incêndios e cuidados de saúde.
Quanto a comunicação, diz que é feita por boletins sobre os incêndios, previsões meteorológicas e alertas por SMS e carros de som. Também solicitou à Águas do Imperador a instalação de bebedouros em pontos estratégicos.