• MPRJ e Polícia Civil deflagram operação contra milícia em São João de Meriti

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 15/09/2021 10:21
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/RJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e a Polícia Civil deflagraram, nesta quarta-feira (15), uma operação para cumprir 13 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão contra 13 denunciados por organização criminosa atuante em São João de Meriti. A denúncia foi recebida pelo Juízo da 1ª Vara Especializada da Capital, responsável pela expedição dos mandados. Entre os denunciados estão quatro policiais militares e ex-PMs. Também foi deferida pela Justiça a suspensão do exercício da função dos policiais envolvidos.

    De acordo com a denúncia, o grupo constituía uma milícia conhecida como “Comunidade amiga” ou “Carlinho Azevedo” atuante nas localidades da Malvina, Venda Velha, Parque José Bonifácio e Pau Branco, situadas no município da Baixada Fluminense. A investigação teve início a partir de inquéritos que apuravam homicídios que tinham menção à organização criminosa que atuava nessas regiões. Com base em diligências realizadas, a investigação identificou que o grupo atuava explorando sinal de tv clandestino, venda de gás, água, além de práticas de agiotagem, extorsão a comerciantes com a cobrança de taxas de segurança e controle sobre pontos de mototáxi, mediante cobranças, com ameaças e violência.

    “Tal organização é estruturalmente ordenada e possui dimensões consideráveis, atuando de forma setorizada, com o objetivo de auferir vantagens, tanto patrimoniais, como de domínio do território e imposição de força, mediante a prática de crimes como homicídios, receptações, extorsões, dentre outros”, destaca a denúncia do MPRJ.

    O policial militar Nilson Miranda de Carvalho Neto, vulgo Samurai ou Ninja, é apontado como líder da organização criminosa e, mesmo preso, exercia o controle e recebia valores provenientes das extorsões do grupo. Também estão denunciados à Justiça Thiago Gutemberg de Almeida Gomes, vulgo Curisco; Wesley Silva de Almeida, vulgo Nanaiga ou Chanaiga; Paulo Vitor Viana Firmino, vulgo PV; Bruno Barbosa de Abreu, vulgo Bruno do Pau Branco; Leandro da Silva Arante, vulgo Neguinho Menor; Carlos Henrique Silveira dos Santos, vulgo Nego do Gás; Cristiano Militão de Souza, vulgo Cabelinho; Douglas Alves da Silva, vulgo Cupim; Alan dos Santos Farias, vulgo Paraíba; Alex Bonfim de Lima Silva, vulgo Alex Armeiro; Wallace Patrique Cardozo Lucas e Marcos Antonio Roque de Lima, vulgo Tonho da Água.

    Últimas