• MPE pede impugnação da candidatura do ex-presidente da Comdep, Léo França

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  • 22/ago 18:21
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    O Ministério Público Eleitoral (MPE) ingressou com uma ação em que pede a impugnação do registro de candidatura do ex-presidente da Comdep, Léo França, que tenta uma cadeira na Câmara de Vereadores. O MPE afirma que, mesmo exonerado da companhia, França não se afastou, de fato, do cargo e cita uma denúncia de que o candidato estaria com a secretária de Obras em visita ao bairro Morin, anunciando intervenções.

    Na ação, o MPE cita um vídeo gravado nesta visita no Morin, ocorrida em 8 de agosto, em que França fala sobre o asfaltamento da rua, consertos de meio-fio e limpeza de bueiros. “Mas, só que isso a gente precisa fazer esse trabalho em conjunto com vocês, porque a gente não pode deixar os carros aqui, porque senão, a gente faz um pedaço, pula outro, vai pulando e daqui a pouco fica cheio de remendo e o asfalto acaba ficando feio. E aí a Vyrna queria conversar com vocês pra marcar pra semana que vem, pra gente começar essa intervenção aqui, se vocês estiverem de acordo”, diz o candidato.

    “Dessa forma, verifica-se que, no início de agosto de 2024, o requerido continuava a atuar como se fosse Presidente da COMDEP ao dizer as ações de obras de asfaltamento e manutenção viária que realizaria na Vila Luiz Carlos Soares, dizendo frases do tipo “a gente precisa saber”, “a gente precisa fazer o meio-fio, fazer a limpeza da rua, limpar os bueiros, levantar a caixa”, etc”, afirma o promotor eleitoral Odilon Lisboa Medeiros, na petição inicial.

    Assim, o MPE pede que seja indeferido de forma definitiva o pedido de registro de candidatura de França.

    “No presente caso, o candidato ora impugnado juntou cópia do ato que promoveu a sua exoneração do cargo de Diretor-Presidente da COMDEP, no entanto, há prova nos autos de que continuou exercendo as funções anteriores, ou ao menos, algumas delas, como articular junto à população a realização de obras de asfaltamento e as intervenções a ela inerentes, como limpeza, acerto de meio-fio, levantamento de bueiros. Ou seja, houve a formalização do afastamento, mas não ocorreu a desincompatibilização de fato”, conclui a petição.

    A assessoria do candidato disse que “a gravação foi clandestina, destoada da realidade e fora de contexto”. A nota ainda diz que Léo França teve seu afastamento, de fato e de direito, da administração pública dentro do prazo legal. França se colocou à disposição do MPE para todo e qualquer esclarecimento.

    “É importante destacar que se trata de uma perseguição política, promovida por um cabo eleitoral de um vereador da oposição”, afirma a nota.

    A Prefeitura também foi procurada, mas não respondeu até a última atualização.

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