• MP vê motivo político em assassinato de torcedor do Flu após 1º jogo das finais do Carioca

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  • 12/04/2023 15:26
    Por Marcio Dolzan / Estadão

    O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apontou suposto motivo político no assassinato, em 1º de abril, de Thiago Leonel Fernandes da Motta, morto a tiros pelo agente penal Marcelo de Lima após o primeiro Fla-Flu que decidiu o Campeonato Carioca.

    Na denúncia por homicídio triplamente qualificado encaminhada à Justiça pela promotoria, o órgão afirma que Lima teria dito que “petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão”. O ataque verbal teria provocado revolta das vítimas – Bruno Tonini Moura também foi baleado – e gerado uma discussão.

    A partir daí, diz o MP-RJ, “o denunciado, com vontade livre e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra as vítimas, causando a morte de Thiago e só não matando a outra pessoa por circunstâncias alheias à sua vontade, uma vez que Bruno recebeu pronto e eficaz atendimento médico”.

    A briga se desenrolou em frente à pizzaria “Os Renatos”, considerada um reduto de torcedores do Fluminense, no entorno do Maracanã. Inicialmente, testemunhas disseram que a confusão teria começado por causa de uma pizza, versão contestada por uma das donas do estabelecimento e, também, não confirmada pelas investigações da Polícia Civil.

    “MOTIVO TORPE”

    Segundo a denúncia apresentada na terça-feira à 4ª Vara Criminal da Capital, “os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas após suas declarações”. O MP-RJ argumenta ainda que o ataque aconteceu com emprego de meio que resultou em perigo comum, “uma vez que o denunciado atirou em via pública, com grande número de pessoas circulando e confraternizando em bares locais”. Ao todo, dez tiros foram disparados.

    Além disso, diz o MP-RJ, “os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado”.

    O Estadão segue tentando localizar a defesa de Marcelo de Lima para que se manifeste sobre a denúncia.

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