• Movimentos negros pedem punição para autores de racismo

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  • 06/06/2018 09:45

    O episódio de injúria racional durante os Jogos Jurídicos, suscitou discussões sobre racismo e preconceito racial dentro e fora das mídias. Após a divulgação massiva do caso, grupos de Petrópolis se uniram no objetivo de apoiar e cobrar medidas em relação aos autores. 

    Na tarde dessa terça-feira (6), um protesto reuniu alunos de um coletivo denominado “Nuvem negra”, na PUC-Rio, manifestando com mensagens fixadas nas paredes do Centro Acadêmico de Direito. A proposta dos alunos é que haja punição para os acusados. 

    Movimentos de Petrópolis também se uniram nesta luta. Segundo Adriana Rangel, uma das integrantes do grupo, o reconhecimento do negro como parte de grande importância para a construção da história do país, é uma das ações que precisam ser fortalecidas, para a educação da nação. “Existem tipos de preconceito: explícito, velado e através de pessoas que se dizem contra o racismo, mas que disseminam atitudes e comportamentos que divergem do que falam”, relatou Adriana.  

    Em assembleia realizada na Alerj ontem, o deputado estadual, Marcus Vinícius Neskau (PTB), destacou que a casa vai cobrar que todas as providências sejam tomadas para concluir a investigação e punir os envolvidos. “Essa é uma festa que deve animar a cidade, estimular o esporte, criar uma interação entre os alunos das diferentes faculdades e que deve acontecer com respeito e de forma saudável. O preconceito não é compreensível nem cabível. A Alerj tem que se manifestar e se fazer presente em uma nota de repúdio sobre essa história. Racismo, não, em hipótese alguma! Racismo zero!”, afirmou. 

    “Diversos jovens têm se envolvido na desconstrução desse preconceito. São ações coletivas para que a população repense o espaço que é de direito do negro. Desconstruir é questão de inteligência”, diz Adriana Souza, uma das idealizadoras do projeto “Cultura Afro-Brasileira: Valores e Fortalecimento”. 

    Representantes do curso de Direito da PUC-Rio, se manifestaram através de nota dizendo: “Nesse clima de confusão geral, gerado pelo espalhamento de fatos graves e, a rigor, ainda não confirmados, não se pode, contudo, tomado pelo calor do momento, pactuar com a imputação leviana de fatos criminosos a todo um conjunto de pessoas, como “alunos da PUC/Rio”, pelo simples fato de que, tal generalização, nomeadamente quando propagada por tantos meios de comunicação, sem a prévia e devida apuração dos fatos, seguida da necessária individualização, será – necessariamente – injusta”. 

    Já a Atlética Imperial de Direito da UCP, evidenciou em nota que “apoia seu atleta em todas as ações cabíveis, dentro do que o próprio atleta achar necessário para a resolução do ocorrido”. 

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