Movimento de funcionários nos jardins do casarão Franklin Sampaio chama atenção

Os jardins de um dos mais belos casarões do Centro Histórico, a casa Franklin Sampaio, localizada na Praça da Liberdade, está passando por limpeza. A equipe da Tribuna esteve no local na manhã desta terça (22) e pode ver a movimentação de funcionários cortando o mato e cuidando do espaço. O imóvel está fechado há décadas e está em estado de degradação.

Segundo o responsável pela manutenção e segurança da casa, que preferiu não se identificar, a limpeza do terreno é feita semanalmente e há um segurança no local todas as noites. Ele afirmou ainda que só não é feita a limpeza dos jardins quando está chovendo.

Apesar das afirmações de que o espaço recebe limpeza e manutenção semanalmente, a movimentação na casa chamou a atenção e levantou especulações sobre a possível reabertura do casarão. Em dezembro do ano passado, a Tribuna chegou a publicar uma matéria sobre um projeto elaborado pelo Instituto Nova Economia do Brasil (Ineb) de transformar o imóvel em uma centro de ciência, tecnologia e arte. 

"O projeto está parado, estamos buscando patrocínio para poder executá-lo. Enquanto isso, estamos em negociação", disse o vice-presidente do Ineb, Cleveland Jones. O investimento avaliado pelo instituto gira em torno de R$ 15 milhões para compra do imóvel, restauração e implantação do projeto.

Construído em 1874, a casa é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e conta com uma dívida de IPTU superior a R$ 72 mil, além de inúmeros processos movidos pelo Ministério Público Federal (MPF). O imóvel, que foi sede do governo do Estado entre 1894 e 1897, há um século chegou às mãos da família Sampaio.