• Movimento das Mulheres dos Policiais Militares acampa em frente ao 26º BPM

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  • 11/02/2017 07:00

    Cerca de 50 mulheres acamparam, na manhã de ontem (10), em frente ao 26º Batalhão de Polícia Militar, no bairro Quitandinha. Elas defendiam a paralisação dos serviços, em reivindicação pelo pagamento do 13º salário, do Regime Adicional de Serviço (RAS) Olímpico, do salário de janeiro e das metas atrasadas. A mobilização começou por volta das cinco horas e faz parte do movimento iniciado em todo o Estado do Rio de Janeiro. Apesar da presença dos familiares e do movimento pró-greve, o policiamento foi mantido na cidade.

     "Não podemos ficar de braços cruzados vendo nossos maridos arriscando a vida e os nossos filhos passando necessidade. Esse movimento é justo, digno e legal. Queremos que os salários e os benefícios sejam pagos em dia, que eles tenham condições melhores de trabalho. Eles arriscam a vida todos os dias para garantir a segurança da população. Estamos exigindo o mínimo", disse uma das mulheres, pedindo para não ser identificada.

    De forma pacífica, elas chegaram ao batalhão no fim da madrugada, por volta das 5h,  vestidas de azul e levando barracas, cadeiras e comida. "Não vamos sair daqui até que o governador nos dê uma posição. Vamos permanecer ao lado dos nossos maridos", disse outra mulher, que também preferiu não se identificar. Com o filho no colo e ainda amamentando, ela pediu ajuda e compreensão da população. "Meu  marido é PM há 15 anos e nunca vivemos uma situação tão crítica. Temos passado um sufoco. São duas crianças, uma na escola e outra ainda de colo. Já teve dia em que não tínhamos coisas dentro de casa nem para fazer comida. Não é justo. Ele trabalhou e tem o direito de receber o seu salário", frisou. 

    O objetivo das mulheres era impedir que os policiais entrassem ou saíssem dos batalhões. No entanto, durante todo o dia de ontem foi possível encontrar PMs em patrulhamento em alguns pontos da cidade. O 26º BPM tem um efetivo de 410 policiais.


    Comandante do 26° BPM recebeu grupo

    Durante a manhã elas foram recebidas pelo comandante do 26º BPM, tenente-coronel  Eduardo Vaz Castelano, mas não houve acordo. "Vamos permanecer aqui, assim como as outras mulheres do movimento em todo o Estado", disse uma das representantes do grupo.

    Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que registrou manifestações em 27 unidades e garantiu que não houve paralisação do serviço, mas sim uma mobilização de familiares. A corporação frisou que o policiamento está sendo realizado normalmente. Ainda de acordo com a nota, em quatro unidades houve bloqueio na entrada e saída de viaturas –  3ºBPM (Méier), 6º BPM (Tijuca), 20ºBPM (Mesquita) e 40ºBPM (Campo Grande).

    A Polícia Militar afirmou, na nota, "que respeita o direito democrático de manifestação pacífica, mas é fundamental que as formas de buscar os nossos direitos não impeçam o ir e vir dos nossos policiais, nem coloquem em risco as nossas vidas, dos nossos familiares e de toda a população".


    Guarda Civil garante apoio à segurança dos petropolitanos nas ruas

    A Prefeitura informou ontem que a Guarda Civil Municipal está de prontidão caso seja necessário reforçar o patrulhamento da cidade. Trinta homens estão nas ruas de Petrópolis para dar apoio à segurança da população.

    De acordo com a corporação, nessa época do ano, os guardas já ficam de sobreaviso para eventual necessidade de acionamento em casos de chuvas, por exemplo. Por isso, não haverá dificuldade de mobilizar os homens. 

    A Guarda Civil, a segunda mais antiga do estado (92 anos), conta com um efetivo de 226 homens. Ao longo do ano, vem trabalhando para expandir a atuação e ter maior presença na rua. Praças da cidade, locais de grande comércio e de movimentação intensa da população tem recebido especial atenção nas primeiras semanas de 2017.

    Para isso, já foi colocado em operação o ônibus de videomonitoramento na Praça Visconde de Mauá (Praça da Águia), o posto fixo 24 horas na Praça da Liberdade, presença de guardas na Rua Teresa, Rua do Imperador, rondas periódicas, como no Terminal do Centro, e a Guarda Turística, que foi reativada após cinco anos parada. 

    Exército em prontidão

    Militares do 32º Batalhão de Infantaria Leve em Petrópolis estão de prontidão. A decisão alcança os quartéis do Exército de todo país, levando em conta que os soldados estão de sobreaviso porque podem ser acionados a qualquer momento para prestar apoio à operação iniciada no Espírito Santo. Apesar disso, nenhuma ordem foi para o envio da tropa da Cidade Imperial dada até o momento.

    Mesmo assim, os soldados que estão de folga ficam impedidos de viajar, e a outra parte do efetivo deve continuar nas unidades. Caso outras paralisações como a do Espírito Santo ocorram, os militares devem estar prontos para atuar, dando suporte em qualquer município.


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