Motoristas enfrentam longas filas para abastecer nos postos
Desde a noite de segunda-feira (28), com a chegada de caminhões de combustíveis para abastecer os postos de gasolina da cidade, iniciou-se uma corrida aos estabelecimentos. Até a manhã dessa terça-feira (29), apenas nove postos contavam com gasolina e álcool. Os motoristas tiveram que ter muita paciência para enfrentar as longas filas.
Alguns caminhões chegaram nos estabelecimentos com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) pelo trajeto na estrada e da Polícia Militar (PM) quando chegaram à cidade. O comandante do 26º BPM, coronel Oderlei Santos Alves de Souza, disse que os policias estavam monitorando os locais onde houve abastecimento para evitar tumulto. "A intenção é garantir a ordem e a segurança", ressaltou o comandante.
As filas nos postos se formaram logo pela manhã. Nos estabelecimentos que funcionam 24 horas, o movimento foi intenso durante toda a madrugada. No posto ao lado da Rodoviária do Bingen, a fila chegou a atrapalhar o trânsito na entrada da cidade. A PM teve que auxiliar o tráfego próximo ao pórtico.
"O combustível chegou à meia noite e se continuar com este movimento dura só hoje (ontem)", disse o gerente. Segundo ele, o posto foi abastecido com 35 mil litros de álcool e gasolina, e a expectativa é que outro caminhão tanque chegasse para descarregar até o fim do dia de ontem. "Durante toda a madrugada foi assim, com longas filas e muito movimento", frisou.
No posto localizado na esquina da Rua 13 de Maio com a Avenida Barão do Rio Branco, um dos primeiros a chegar combustível na noite de segunda-feira, a prioridade ainda eram os carros oficiais. O caminhão tanque chegou escoltado e na manhã de ontem havia uma longa fila de motoristas aguardando para abastecer. "Assim que a demanda dos carros oficiais se encerrar vamos liberar para os outros clientes. Mas, infelizmente não tenho previsão de quando isso vai acontecer", disse a gerente.
A busca pelo combustível era tanta na manhã de ontem, que até o posto da Rua Bingen (na entrada da Duarte da Silveira) que ainda não tinha gasolina nem álcool estava com uma fila quilométrica. Mais de cem motoristas, aguardavam ansiosos pela chegada do caminhão tanque. Segundo um funcionário, os clientes chegaram antes de sete horas. "Eu não sei quem falou para eles que tínhamos combustível. Nosso caminhão já saiu da distribuídora, mas não há previsão de quando vai chegar", informou.
A estilista Simone Menezes, de 49 anos, chegou no posto por volta de 7h30 da manhã. Ela confessou que sabia que o estabelecimento estava sem gasolina, mas tinha esperanças que iria conseguir abastecer o carro. "Eu fiz as contas: chegou no posto de Itaipava, Centro e Alto da Serra, aqui seria o próximo. Estou acreditando", disse.