• Morte súbita no esporte não é fatalidade

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  • 18/09/2022 08:00
    Por Professor Luiz Carlos Moraes

    Essa é a opinião de um dos mais renomados cardiologistas do esporte M.D PhD Dr. Nabil Ghorayeb. Opinião a qual concordo. Fatalidade é quando não temos controle, não podemos prevenir e/ou evitar mortes. Atletas de alto nível têm todo aparato de equipe multidisciplinar com médicos, nutricionistas, fisiologistas, além de acesso a exames médicos específicos. Vimos algumas vezes jogadores de futebol sofrerem mal súbito em campo e por conta da presença de socorro médico imediato não irem a óbito. O esporte em si não mata. O que mata são os excessos, uso de drogas, doenças não diagnosticadas corretamente e/ou não tenha sido dada a devida importância. Famoso “Isso não é nada! Deixa pra lá”. Embora a Morte Súbita na corrida de rua pareça baixo, 0,58 a 2,00 e Paradas Cardíacas entre 1,01 a 2,60 por 100.000 corredores (Araújo 2020), é um fato que causa muita dor nos amigos e familiares, além de muita repercussão nas redes sociais. Quando morre um corredor não faltam comentários do tipo: “morreu fazendo o que gostava”. Por que não é uma fatalidade? A maioria dessas mortes podem ser evitadas com exames médicos de rotina como perfil de laboratório (sangue, fezes, urina), eletrocardiograma, Raio X do Tórax, Holter 24 horas, Ecocardiograma com visão das carótidas e teste Ergométrico até a exaustão. Por que até a exaustão? Porque o indivíduo vai correr e em vários momentos de suas provas vai se deparar com situações de máximo esforço. Olha como é antiga essa informação! “Testes Sub-Máximos deixam de diagnosticar até 39% das desordens cardíacas” (Cooper 1987). As causas em atletas com mais de 45 anos são as doenças ateroscleróticas e nos mais novos doenças congênitas que variam por regiões de nascimento, países e raças humanas. Além dessas precauções ainda tem a questão da superação quando ultrapassa o senso de responsabilidade. Cruzar a linha de chegada se arrastando, trôpego a qualquer custo colocando a própria vida em risco não chamo isso de superação.

    Literatura Sugerida: Santos, F. C. P. dos, Santos, D. F. P. dos, Azem, D. D., Ortiz, C. F., Ghorayeb, N., Mateo, E. I. P., & Mateos, J. C. P. (2012). Morte súbita cardíaca em atletas. Revista Da Faculdade De Ciências Médicas De Sorocaba.

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