A morte do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), de 41 anos, foi confirmada na manhã deste domingo. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês e lutava contra câncer no aparelho digestivo há um ano e meio. Covas deixa um filho, Tomás, de 15 anos.
Amigos, correligionários e políticos de diferentes matizes prestaram homenagem.
Um dos principais aliados de Bruno Covas na política, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), divulgou nota oficial. “Bruno Covas era sensível, sereno, correto, racional, pragmático e ponderado. Voz sensata, sorriso largo e bom coração. Bruno Covas era esperança. E a esperança não morre: ela segue, com fé, nas lições que ele nos ofereceu em sua vida”.
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, destacou que Covas era “preparado para servir à vida pública”.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse que Bruno foi um exemplo de homem público.
Guilherme Boulos, do PSOL, que disputou a eleição para a Prefeitura da capital paulista com Bruno Covas em 2020, também manifestou pesar.
O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), que foi colega de Covas na Câmara Federal, também manifestou pesar.
Na sexta-feira, o hospital havia informado que o quadro era irreversível. A nota dizia apenas que o tucano segue recebendo medicamentos analgésicos e sedativos. “O quadro clínico é considerado irreversível pela equipe médica.” O prefeito encontra-se sedado e cercado por familiares e amigos.
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Covas se licenciou do cargo desde o dia 2, quando foi internado pela última vez. Logo no dia seguinte, durante a realização de um exame para descobrir a causa de uma anemia, os médicos identificaram um sangramento e o levaram para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) intubado.
Após melhora, o prefeito foi extubado e transferido para um quarto, onde chegou a receber visitas e postar mensagens de otimismo em suas redes sociais
O vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), havia assumido por 30 dias inicialmente.
Histórico
O prefeito descobriu que tinha câncer em outubro de 2019, quando exames que vinham sendo realizados para investigar o surgimento de uma trombose apontaram a existência de três tumores – um no fígado, um na cárdia (a transição entre o estômago e o esôfago) e outro nos gânglios linfáticos. Os médicos atacaram a doença com imunoterapia e quimioterapia, e dois dos três tumores chegaram a desaparecer. O do fígado havia diminuído, mas ainda persiste.
Em fevereiro deste ano, os médicos identificaram um novo tumor no fígado, e ele retornou à quimioterapia. Entretanto, ao longo desta nova etapa do tratamento, a doença se mostrou mais agressiva, se espalhando para mais pontos do fígado e de seus ossos.
A partir de abril, novas complicações debilitaram ainda mais a saúde do prefeito que, mesmo assim, sempre se manteve muito otimista e determinado a enfrentar a doença e permanecer com o tratamento.