Morte de cavalo: protetores dos animais denunciam falta de socorro
A morte de um cavalo na Rua Loio Galluci, no Cascatinha, revoltou protetores dos animais e moradores da localidade, no último sábado. O animal apareceu no terreno de uma residência muito abatido e com sinais de maus-tratos. Protetores e voluntários tentaram contato com a Coordenadoria de Bem-estar Animal (Cobea), Guarda Civil e Defesa Civil, mas foram informados de que não havia veículo para resgatar o animal. Sem socorro, o animal não resistiu e morreu na manhã de domingo.
Um segundo cavalo também estava solto na rua, mas os moradores não conseguiram capturá-lo e ele fugiu. A suspeita é que os animais sejam da região do Carangola. A apresentadora Luciana Peixoto acompanhou o caso desde sábado de manhã. Ela contou que tentou contato diversas vezes com a Prefeitura, que disse que não tinha veículo para buscar o animal. “Fiquei no local até as 2h da madrugada. Liguei para todos os órgãos responsáveis, sem sucesso. Defesa Civil sem carro, Guarda Civil também. Bombeiros, não atendia. Quando saí de lá o cavalo ainda tinha vida. Sai chorando e rezando para que pela manhã (de domingo) eu pudesse fazer algo mais, tentar novamente. E ele veio a falecer”, disse com tristeza.
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Segundo Luciana, quando solicitou a presença do médico veterinário da Cobea no sábado, foi informada de que o médico contratado é de Teresópolis, e só vem a cidade três vezes na semana. Nos fins de semana não há plantão da Coordenadoria.
O protetor Domingos Galante contou que na manhã de domingo também tentou contato com a Prefeitura para que o corpo do animal fosse recolhido, sem sucesso.
“Fizeram um mutirão para remover o cavalo. Um rapaz viu o caso pelo facebook, se sensibilizou, e foi até lá com uma retroescavadeira para remover o cavalo. A Comdep disse que não tinha previsão para recolher o animal. Enquanto isso ele estava lá apodrecendo. Podendo trazer problemas sanitários, o animal estava no quintal de uma casa”, disse Domingos.
A atuação da Cobea tem sido constantemente questionada por protetores e amigos da causa animal. “Poderiam contratar um médico veterinário por RPA, se for o caso. E chamá-lo nos fins de semana em caso de emergência. Falta gestão na Cobea, precisa ter alguém que entenda da causa animal. Se não, não vai adiantar nunca”.
A Prefeitura foi questionada sobre as denúncias, e disse que ficou sabendo do caso pelas redes sociais quando um dos cavalos já tinha morrido. E disse que apesar da visita da equipe no local, o outro cavalo não foi encontrado. A Cobea está tentando localizar o dono dos animais para tomar as medidas administrativas cabíveis.