• Morre no Rio Ivo Barroso, poeta e tradutor, aos 91 anos

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 06/10/2021 13:12
    Por Redação / Estadão

    Ivo Barroso, poeta e um dos maiores tradutores brasileiros, morreu nesta terça-feira, 5, aos 91 anos, no Rio de Janeiro, vítima de uma parada cardíaca. Segundo um amigo da família, ele estava internado havia alguns dias na Casa de Saúde São José, no Humaitá, por causa de uma queda que sofreu em seu apartamento, no Leblon. Ele será velado em uma cerimônia íntima nesta quarta-feira, 6, na Capela Celestial do Memorial do Carmo, das 12h às 15h.

    Ivo Barroso, que foi colaborador do Estadão, dedicou a vida a grandes escritores, como Shakespeare, Rimbaud, T. S. Elliot, entre outros. E mergulhou no mais famoso poema de Edgar Allan Poe – e lançou, em 2019, O corvo e suas traduções, pela Sesi-SP Editora.

    Um pouco antes, em 2017, Ivo Barroso publicou, pela mesma editora, Breviário de Afetos, livro com as crônicas que escreveu sobre pessoas que passaram por sua vida e foram fundamentais em sua formação. Entre eles, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto e Otto Maria Carpeaux.

    Entre suas traduções estão 50 sonetos de Shakespeare (Nova Fronteira); Arthur Rimbaud: Poesia Completa (Topbooks); Seis propostas para o próximo milênio: Lições americanas (Companhia das Letras), de Italo Calvino, entre outras obras do italiano; Os gatos (Companhia das Letrinhas), de T.S. Elliott; As Aventuras de Pinóquio (Sesi-SP Editora), de Carlo Collodi; A Vida – Modo de Usar (Companhia de Bolso), de Georges Perec; e A carta de Pero Vaz de Caminha (Sesi-SP) para o português moderno. Traduziu, ainda, Jane Austen, Umberto Eco, Marguerite Yourcenar, Hermann Hesse e André Gide.

    Como autor, publicou, entre outros, Poemas de Amor – O Mito Inconcluso (Atheneu), Caixinha de música, Nau dos náufragos e Poesia ensinada aos jovens.

    Últimas