Moradores protestam por mais micro-ônibus no Atílio Marotti
Gritaria, palavras de ordem, e tumulto marcaram a manifestação dos moradores do Atílio Marotti, que interditaram, por volta das 19h, dessa quinta-feira (5), a pista sentido Centro da Avenida Barão do Rio Branco, por uma hora. Pedaços de madeira, lixeiras e outros itens foram utilizados para dificultar a passagem dos veículos. O congestionamento foi grande e irritou motoristas que tiveram que aguardar a chegada da Polícia Militar, que liberou meia pista, para que eles pudessem seguir viagem.
O secretário de Obras, Ronaldo Medeiros, foi ao local para conversar com os manifestantes e garantiu que nesta sexta-feira (5) o bairro contará com mais um micro-ônibus. A notícia não agradou os moradores. Isso porque segundo eles, mesmo com três micro- ônibus, atualmente o bairro é atendido por dois, o número de coletivos não será suficiente. O secretário foi acusado pelos manifestantes de fazer promessas que não serão cumpridas, e questionado ainda sobre a demora na obra de recuperação de parte da rua que cedeu após o rompimento de uma manilha, há cerca de um mês, e que causou a interdição parcial da Rua Atílio Marotti, impossibilitando a passagem dos ônibus grandes.
“A obra já tem projeto e está em processo de licitação. Então a partir de agora os trâmites legais serão mais rápidos”, afirmou Ronaldo. Para a moradora Claudineia da Silva as promessas feitas na ocasião tinham como objetivo dispersar a manifestação. “Estamos incomodando ao bloquear o trânsito e eles querem resolver este problema. Espero que a situação do bairro seja resolvida senão voltaremos para as ruas”, salientou. A manifestação foi organizada pelas redes sociais e contou com a presença de boa parte dos moradores.
Enquanto a situação não é resolvida crianças, idosos, gestantes e pessoas com deficiências físicas são as mais prejudicadas na hora de subir boa parte da rua a pé. Assim como os usuários do transporte público, que desde o rompimento da manilha precisam se espremer nos coletivos para chegar em casa. “Eles dizem que existe muito risco e por isso não colocam os ônibus grandes de volta, mas todos os dias caminhões de bebida, comida, e também de lixo passam pelo trecho que está interditado sem nenhum problema!”, disse a dona de casa Jaqueline Ribeiro, que mora no bairro há 29 anos, e tem três filhos com idades entre um e oito anos.
Outra reclamação dos manifestantes foi com relação aos atrasos dos coletivos. “Ficamos mais de uma hora aguardando um micro-ônibus, ou seja, quando ele chega ao ponto já há dezenas de pessoas aguardando a viagem. Não somos bichos! Exigimos respeito e um transporte coletivo digno”, afirmou Claudineia.