• Moradores do Vicenzo denunciavam cheiro de gás desde o início do ano, mas ninguém deu crédito

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  • 17/09/2021 03:06

    Ainda sobre o risco de explosão no condomínio Vicenzo Rivetti, moradores disseram que vinham denunciando forte cheiro de gás desde o início do ano, além de outras mazelas como infiltrações.  Só para lembrar: desde o início do ano era uma ‘nova’ legislatura na Câmara de Vereadores e uma gestão na prefeitura que, interina ou não, também deve ser arguida sobre a manutenção das famílias no local sem vistorias necessárias que afastassem o risco.

    Moradores sem crédito

    E mais: se os vereadores receberam famílias relatando os riscos e conforme eles próprios afirmaram em plenário – nesta e na legislatura passada – e participaram de visitas ao local, por que não deram crédito aos moradores? Foi só na audiência pública, quando o representante da empresa de gestão condominial, Rafael Miranda, expôs que demonstrou a grave situação ao governo passado e à Caixa Econômica, mesmo cenário que os moradores já falavam, é que acreditaram?

    É como estamos falando: os moradores já vinham se manifestando desde o início do ano, mas não foram ouvidos e, se foram, não levaram adiante as denúncias dessas pessoas.

    Sem indignação

    E também nos pareceu na audiência pública na Câmara, segunda-feira, quando o assunto foi dito com todas as letras por Rafael Miranda, que não houve uma indignação assim contundente dos vereadores presentes, não. Basta assistir à sessão (a partir de 2’53’). Ficamos com a impressão de que não queriam colocar foco no tema ou que suas fichas não tinham caído ainda.

     “Quando cheguei já estava assim”

    Em nota a imprensa, a gestão interina de Hingo Hammes mandou aquela letra conhecida: “quando assumiu o governo já encontrou o condomínio pronto e habitado”. Mas, recordar é sempre bom. Não seria Hingo Hammes o presidente da Câmara de Vereadores na legislatura passada e, independente de ser base do governo Bernardo Rossi no legislativo, não deveria ter fiscalizado a ação da prefeitura?

    Prédio de pobre X prédio de rico

    Fica a questão: suponhamos que essa audiência pública na Câmara de Vereadores onde foi levantado risco de explosão no conjunto Vicenzo Rivetti por causa de vazamento de gás fosse sobre a Rua 16 de Março. E um cidadão falasse sobre risco de explosão em um prédio com vazamento de gás e que já tinha feito uma denúncia aos órgãos competentes. Qual seria a atitude imediata? Parava tudo e ir vistoriar emergencialmente na hora?

    Mais dúvidas

    Cabem também mais perguntas: mas o conjunto não tem ‘habite-se’? E ele foi vistoriado pelo Corpo de Bombeiros?

    Contagem         

    Petrópolis está há 258 dias sem prefeito eleito pelo povo.

    Mexida no secretariado

    Talvez a gente estrague tudo entregando os detalhes… mas não resistimos!  Haverá mudanças nas secretarias de Assistência Social e Educação. A Assistência Social, pasta pertencente, ops, quer dizer, com forte influência do vereador Yuri Moura passaria a ser gerida por um nome ligado ao secretário estadual de Assistência Social, Matheus Quintal, que vai nomear lá Eduardo do Blog, vereador do seu partido, o Republicanos. E para Yuri não ficar na chuva ele trocaria a Assistência pela Educação sendo indicado como secretário o professor José Luiz Lima que foi candidato a prefeito em 2020 pelo Psol.

    Há vagas!

    Tudo tratadinho nos bastidores, na moita, com reuniões aqui e ali. Mas sempre tem um boca de balde para contar, né? E também é bom frisar para quem está em busca de uma oportunidade no governo interino: se não vingar com Matheus Quintal, a escolhida pode ser Fernanda Ferreira, que esteve à frente da pasta na gestão Bomtempo. Neste caso abrirá a vaga na Secretaria de Relações Institucionais.

    Taí as fotos que fomentam os bastidores: Yuri Moura vistoriando escolas com o professor José Luiz, do Psol, que pode assumir a Educação enquanto Hingo Hammes posa feliz com o secretário estadual, Matheus Quintal que pode “assumir” a pasta municipal de Assistência Social.

    Sem ambulância

    O relato foi do vereador Marcelo Lessa em plenário. O pai de um funcionário do gabinete dele, em situação grave, não conseguiu atendimento por falta de ambulância. O colega vereador Mauro Peralta, que é médico, chegou ir à casa do paciente, no Morin, prestar atendimento enquanto eles tentavam uma ambulância do Samu. Infelizmente quando o socorro do Samu chegou já era tarde. E olha que são dois vereadores… imagina o cidadão comum.

    Papo reto

    Lessa disse que quando recebeu a mensagem do chefe do setor avisando que a ambulância, enfim, tinha sido enviada, ele respondeu: “agora manda o rabecão”. Lessa também aproveitou o discurso e mandou o secretário Aloísio Barbosa “deixar de andar atrás do prefeito Hingo Hammes” e ficar na secretaria e nos hospitais.  “Vá apenas às agendas da saúde, no restante não precisa da sua presença. De chaverinho de prefeito já bastou o Baninho, vice do Bernardo Rossi”.

    Tudo igual

    O problema não é novo, segundo o vereador Junior Paixão. Só com ele, em socorro a moradores dos distritos já ocorreu “mais de 10 vezes”.  Ronaldo Ramos também relatou mais uma meia dúzia de casos. E Domingos Protetor disse que é falta de gestão. Ué?  Mas depois de nove meses nada mudou?  “Mudou, mas mudou pouco na Saúde”, disse ele.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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