Moradores do Jardim Salvador pedem ajuda do poder público com os ônibus na localidade
Usuários do transporte público do Jardim Salvador têm sofrido com a quebra constante dos ônibus no bairro. De acordo com um dos moradores da localidade, Luís Antônio, nesta semana o 515 Jardim Salvador da empresa Cascatinha quebrou todos os dias.
“Tem dias que quebra nas primeiras viagens aí as crianças precisam subir o bairro todo a pé para chegar na escola que fica no final do bairro. Maioria das vezes, as pessoas descem o bairro a pé para pegar o terminal 600 ou 700 da Turp”, relata.
Além disso, o morador ainda ressalta que há dias que ônibus opera sem cobrador, o que prejudica ainda mais na agilidade das viagens, já que o motorista tem que cobrar passagem. “Também põe em risco nossas vidas porque aqui o morro é bem alto”, afirma.
Os problemas, segundo os passageiros, são vários: perda do freio, porta e peças do do coletivo caindo, além da campainha que não toca.
No grupo do WhatsApp criado pelos passageiros para discutir aonde o ônibus está e se o coletivo atenderá a comunidade, as reclamações são constantes e variadas. De acordo com Tatiana Evaristo, moradora do bairro, ao conversar com o motorista do ônibus em um dia que o veículo quebrou, o funcionário afirmou que eles têm ordem para sair da garagem – mesmo com o veículo já apresentando problemas.
“Ontem [sábado], por exemplo, acho que estava sem freio. O ônibus não podia descer. Ficou parado lá um tempão e não saiu do lugar. Cada dia é um problema. Os ônibus estão horríveis”, desabafa Tatiana.
Claudinete dos Anjos disse que, recentemente, ao pegar o ônibus do Jardim Salvador na Praça Dom Pedro, no Centro, percebeu que o coletivo tremia e balançava muito. A passageira contou que o motorista avisou, na garagem, que o ônibus ia quebrar, mas que mandaram ele prosseguir a viagem mesmo assim.
“Nesse dia, algumas pessoas desceram no Palhoça porque ficaram com medo de dar continuidade na viagem e resolveram pegar um Uber. Lamentável. A gente paga um absurdo de passagem e ainda tem que pagar o Uber.”
No grupo, uma outra pessoa completou: “Na sexta-feira, a mesma coisa. O ônibus estava com cheiro horrível de queimado e não subiu o Jardim Salvador. Ficou lá embaixo. O ônibus era o que fazia o horário de 16h50”, conta.
Os problemas com o transporte público na localidade já foram levados para a audiência pública realizada no dia 5 de junho na Câmara Municipal de Petrópolis que tratou sobre o assunto. Na ocasião, a presidente da associação, Ana Alves, de moradores cobrou ações efetivas dos órgãos competentes, mas até hoje, os moradores não perceberam nada de efetivo acontecer.
Procuramos o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro), mas não recebemos retorno até o fechamento da matéria.