• Moradores do edifício Regente ainda não podem voltar para casa

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  • 25/07/2017 16:58

    Mais de 50  horas após o início do incêndio que destruiu o supermercado Extra, na Rua Paulo Barbosa, no Centro, os moradores do edifício Regente, na Rua Paulo Barbosa, ainda estão impedidos de voltarem para seus apartamentos. O prédio de 11 andares e com 45 imóveis, foi isolado pela Defesa Civil (DC) no último domingo (23). Ainda não há previsão de quando eles poderão retornar para as casas. 

    Na manhã de hoje (25), a aposentada Eline Gall, de 72 anos, o marido e três sobrinhos que estavam de férias na casa dela, estavas de mudança, temporária, para a casa de um parente no Bingen. "Essa situação é difícil ainda mais com três crianças. Vieiram passar férias e agora estão desabrigados", brincou. Eline conta que o maior problema é a falta de informação. "Não sabemos quando podemos voltar, esse é o problema. Passei o domingo fora e achei que hoje poderíamos retornar para casa, foi uma surpresa saber que o prédio ainda está interditado", ressaltou.

    A artesã Márcia Esch que mora no prédio há mais de 40 anos também está na casa de parentes. "Minha mãe tem 83 anos e está com alzeihmer, fica fora de casa é bem complicado. Além disso tenho uma cachorrinha de quatro anos, que não pode ficar em qualquer lugar", contou. Ela disse que assessores do supermercado Extra ofereceram hospedagem em pousadas e hoteis para os moradores. "Que hotel aceita cachorro? E com um mãe doente é muito difícil", ressaltou.

    As paredes do prédio e do supermercado são juntas. O fogo começou no depósito, localizado no subsolo do Extra, que fica bem ao lado da garagem do Regente. Desde domingo, a preocupação dos bombeiros é resfriar a parede e impedir que o fogo atinja o prédio. A garagem do Regente está isolada, assim como toda a galeria e as lojas localizadas no primeiro pavimento. Mangueiras foram colocadas na garagem para resfriar o local.

    "Precisamos manter a segurança das pessoas. Ainda estamos trabalhando no combate a alguns focos. O supermercado é colado ao edifício e a nossa preocupação é resfriar as paredes que são unidas. Já conseguimos resfriar bastante o local. Não podemos liberar o local enquanto o trabalho de rescaldo não terminar", explicou o comandante do 15º Grupamento de Bombeiros de Petrópolis, tenente-coronel Agostinho Sequeira. 

    "O prédio está sendo monitorado o tempo todo. Não há nenhum dano estrutural, mas existe a preocupação pois as paredes são juntas e os focos do incêndio ainda não foram controlados", ressaltou o diretor técnico e operacional da Defesa Civil, Ricardo Branco.



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