Moradores do bairro São Sebastião denunciam falta de ônibus adaptado
Há uma semana, ao menos dois ônibus que atendem a Rua Capitão Paladini, no bairro São Sebastião, foram substituídos por coletivos não adaptados. A medida não foi comunicada aos moradores e tem gerado grande transtorno no local. A técnica de enfermagem Marcela Farias tem uma filha adotiva que é portadora de paralisia infantil e usa cadeira de rodas, por isso a importância dos elevadores nos ônibus para que ela possa ser levada ao médico e a outros lugares. Na última segunda-feira, Marcela impediu, por volta das 16h15, que um motorista da linha saísse do bairro caso um coletivo adaptado não chegasse para substitui-lo. O veículo só foi enviado por volta das 18h.
Ainda de acordo com Marcela, todos os dias a família precisa vigiar quais os ônibus, das linhas 410 (Castelânea) e 449 (Coronel Veiga), estão atendendo a localidade para ter certeza que Alba Valéria, de 47 anos, que possui paralisia cerebral, poderá sair de casa. Além disso, existe outro problema, nem todos os motoristas da linha sabem mexer nos elevadores. Apesar de recente, a situação tem colocado a filha de Marcela em uma situação desagradável, levando em conta que ela precisa ser carregada para entrar e descer do ônibus por pessoas desconhecidas, o que, às vezes, a deixa nervosa.
“A Alba acostumou com dois motoristas dessa linha que fazem os horários da tarde, e esses ônibus antes possuíam os elevadores. Esses profissionais são de fato muito bons e não causam estranheza nem medo a ela. Eu, inclusive, fiz um agradecimento público, porque mesmo quando tem elevadores, eles os testam antes de colocá-la no equipamento. Procedimento que evitou que a minha filha se machucasse esses dias, quando o elevador quebrou exatamente na hora que o motorista fazia o teste. Sem contar que eles a tratam como gente e com todo o respeito que ela merece! A empresa já está ciente do que está ocorrendo, porque já entrei em contato com os responsáveis. Sem contar que segunda impedi a saída de um dos coletivos aqui da comunidade”, contou.