• Moradores denunciam infiltrações em mais um prédio do conjunto habitacional Vicenzo Rivetti

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  • 30/10/2021 08:42
    Por Luana Motta

    Moradores do Conjunto Habitacional Vicenzo Rivetti voltam a denunciar os problemas construtivos nas unidades. Desde as primeiras ocupações em julho do ano passado, há relatos de cheiro de gás, infiltrações e vícios construtivos dos mais diversos. Nesta semana, uma moradora relatou a preocupação com as infiltrações que persistem no bloco 6 do Condomínio 2. 

    Segundo a moradora, que preferiu não ser identificada, as rachaduras apareceram antes do rompimento de uma tubulação no Condomínio 1, em agosto deste ano. “Fora as rachaduras que estão aparecendo por conta deste vazamento que está abalando a estrutura dos prédios. Está em uma situação precária e muito delicada pois a Caixa Econômica está ciente desta situação e de outras que vem acontecendo e até agora não tomaram nenhuma providência e nem entraram em contato para algum esclarecimento se quer”, desabafou a moradora.

    A moradora relata que informaram a Caixa sobre o problema na última vistoria feita neste ano, e não tiveram resposta sobre o que será feito. “A Caixa Econômica só se pronuncia quando há reportagens, fora isso, as denúncias de moradores são totalmente ignoradas. Ninguém consegue dormir direito preocupados, estamos totalmente abandonados! Desde que soubemos que antigamente aqui era um pântano, tememos o pior, pois até hoje não tivemos o laudo da defesa civil da estrutura dos prédios”, disse.

    Os problemas relatados pelos moradores e denunciados pela Tribuna são objeto de um inquérito civil aberto pelo Ministério Público Federal. Em setembro, o MPF intimou todos os envolvidos no empreendimento a prestarem esclarecimentos quanto à entrega das unidades sob as condições precárias apresentadas pelos novos moradores. 

    Parte das denúncias surgiu após um funcionário da empresa AJR Administração de Condomínios e Empreendimentos LTDA relatar, durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal em setembro, que o condomínio não tinha condições de ser entregue no ano passado, por ter grande risco de explosão. Nem a Prefeitura e nem a Caixa Econômica conseguiram esclarecer a situação. 

    A Tribuna questionou a Caixa Econômica sobre as infiltrações relatadas pelos moradores e sobre o processo de contratação de uma empresa que vai prestar o serviço de manutenção nos prédios, mas não obtivemos resposta até a publicação da matéria.

    Na segunda-feira, dia 01, após a publicação, a Caixa enviou uma nota ao jornal, informando que em relação às reclamações de reparos, a AB Empreendimentos, responsável pelo empreendimento, deixou de atender as demandas registradas através do Programa De Olho na Qualidade. Segundo a Caixa, já foram iniciados os trâmites para contratação de nova empresa para realizar os reparos necessários, com previsão de contratação desta nova empresa, conforme ritos legais necessários, em 90 dias. A Caixa informou ainda que no escopo dos trabalhos que serão realizados estão contemplados reparos necessários referentes à problemas de infiltração ou vazamentos.

    *Matéria atualizada em 01/11/2021 às 14h30, para inclusão da nota da Caixa Econômica.

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