Moradores denunciam despejo irregular de lixo em área de proteção ambiental
O despejo de lixo diretamente no solo na área de transbordo de resíduos domiciliares, às margens da BR-040, no km 75, na altura da Duarte da Silveira, continua provocando transtornos a moradores da região. Sem solução para o problema, eles convivem com o mau cheiro, moscas e chorume (líquido proveniente da matéria orgânica em decomposição). Em um vídeo feito por uma moradora da região no dia 18 de janeiro é possível ver o vazamento do líquido, que é poluente, até as canaletas da rodovia. Os moradores temem a contaminação do solo e o risco de doenças para moradores das comunidades da região.
Nesta segunda (05), apesar de a equipe da Tribuna ter voltado ao local e flagrado a irregularidade, a Prefeitura informou que “o resíduo domiciliar coletado na cidade e levado para o transbordo é rapidamente depositado nas carretas que fazem o transporte para o aterro de Três Rios, o que não permite que exista de chorume no transbordo de lixo”. Ignorando o mau cheiro e os mosquitos, o município alega que o que a equipe da Tribuna viu foi água de chuva, e não chorume. Diz, ainda, que toda a operação é realizada conforme prevê Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o município, o Ministério Público Federal, o ICMBio e APA Petrópolis este ano.
O transbordo fica em uma área de proteção ambiental e há anos funciona graças a TACs assinados entre a Prefeitura, Ministério Público Federal (MPF) e pela Reserva Biológica do Tinguá.
“De um tempo para cá o cheiro tem ficado insuportável e as moscas voltaram a invadir nossas casas. Essa área toda é de proteção ambiental e o que estamos vendo é um crime. Queremos que os órgãos competentes tomem uma providência”, alertou Patrícia Raibolt, de 43 anos, moradora da região. “Com ou sem chuva a situação ali é ruim. O chorume vaza constantemente e o cheiro é muito forte”, ressaltou a moradora.
O TAC assinado agora, segundo a Prefeitura, prevê a realização de uma obra de sustentação, estabilização e impermeabilização do solo e a construção de um muro para permitir o despejo do lixo das caçambas para as carretas que fazem o transporte para o aterro de Três Rios. A obra está em fase final de licenciamento ambiental, faltando apenas adequações solicitadas pela APA Petrópolis e Rebio Tinguá.