• Moradores de rua causam tumulto na cidade

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  • 14/02/2017 07:00

    A presença de pessoas em situação de rua, consumindo bebidas alcoólicas, drogas e praticando até relações sexuais continua sendo um pesadelo para quem mora ou trabalha na Praça Duque de Caxias. Ontem (13) à tarde a Guarda Civil Municipal foi acionada porque um grupo fazia uma fogueira, e acabou assustando pessoas que passavam pelo local. O drama dos moradores da região é diário.

     

    “Aqui a gente não tem paz. Você não pode sair sozinha de casa muito cedo, nem chegar tarde, porque eles mexem com a gente. Em pleno Centro Histórico de Petrópolis, muita gente nem imagina que isso aconteça” disse Vivian Lorenzo, carioca que mora na rua Silva Jardim. 

    Enquanto seis agentes da Guarda Civil de Petrópolis faziam a abordagem, conversando com os moradores de rua e pedindo que eles não causassem tumulto no local, um outro grupo debochava e reclamava da presença das forças de segurança. “Estávamos quietos e vocês vieram causar tumulto. Daqui a pouco vai ter o quartel inteiro aqui na praça e não vamos ter paz”, reclamou um dos homens abordados pelos guardas. 

    Segundo os agentes, a maior parte dessas pessoas que vivem na praça são de outras cidades. Um deles, pedindo para não ter o nome divulgado, explicou que muitos sequer são da cidade. “Tem gente aqui de Magé, Três Rios, Caxias, Minas Gerais, que vem pra cá achando que aqui em Petrópolis a vida do morador de rua é melhor. Mas a realidade não é essa. Nossos órgãos públicos sempre procuram dar apoio a eles, levando para abrigos e fazendo a higiene. Mas nem todos aceitam as regras que lhes são impostas, e acabam voltando para a rua”, completou.

    Quem tem comércio reclama da queda no movimento. “O movimento é quase zero quando eles estão fazendo furdúncio na praça. Quando não é fogueira é briga, gritos o dia todo, e até mesmo relações sexuais, em plena luz do dia. Aqui é comum ver pessoas nuas fazendo gestos obscenos e tentando até entrar nas nossas lojas. Isso não é admissível numa cidade como Petrópolis, que tem um contexto histórico importante. Onde estão nossas políticas de inserção social?” questionou um comerciante que pediu para não ter o nome divulgado.


    Pesadelo na Barão de Tefé 

    Moradores da Rua Barão de Tefé, próximo às Lojas Americanas, também no Centro da cidade, convivem com uma situação semelhante. A diferença é que, no local, os moradores de rua só aparecem à noite. “Eles gritam a noite toda e, quando a gente reclama, ainda dizem que vão fazer mais barulho porque podem dormir até meio dia”, disse uma moradora. Há alguns meses uma mulher grávida, que também dormia na calçada da Barão de Tefé, foi levada pela Secretaria de Assistência Social do município, mas a bagunça continua. “Não sabemos mais o que fazer”, completou. 


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