• Moradores de rua causam tumulto na Barão de Teffé

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  • 18/12/2015 12:00

    Um casal de moradores de rua, que está há cerca de um mês na cidade, é motivo de preocupação para os moradores da Rua Barão de Tefé. O homem e a mulher, que tem 24 anos e está grávida, dormem em frente ao prédio onde funciona o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Todas as noites, moradores reclamam da gritaria na rua, que ultrapassa a madrugada. 

    Uma das moradoras de um edifício próximo ao INSS, que preferiu não se identificar, contou que já não sabe mais a quem recorrer. Ela disse que por várias vezes, ao chegar em casa, teve que esperar que a mulher terminasse de fazer as necessidades fisiológicas, na frente da porta do prédio onde mora, para que pudesse entrar. Além disso, reclamou que acorda todos os dias assustada durante a madrugada com os gritos, que diz “para de me agredir” e, além disso, ameaça o companheiro dizendo “vou te furar”. A moradora afirmou que já ligou para a Polícia Militar e também para a Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac), mas o problema continua. 

    Já uma senhora que mora em outro edifício, também na Rua Barão de Tefé, contou que também acorda durante a noite com os gritos e reclamou também do fato de o casal praticar relações sexuais no meio da rua. “Está perigoso para nós que moramos aqui. Não temos mais a liberdade de ir e vir, porque não sabemos quem eles são, nem de onde vieram. Portanto, tornou-se um risco chegar em casa depois do horário comercial. Estamos sem segurança em uma área que fica no centro da cidade”, declarou. 

    Questionado, o comandante da Polícia Militar, Marcelo Quinhões, disse que, por serem moradores de rua, esse é um problema social. De qualquer forma, informou que vai ficar atento à situação.

    Em nota, a Setrac informou que já realizou várias abordagens sociais ao casal, mas esclarece que os mesmos recusam assistência. A equipe, inclusive, fez o encaminhamento da mulher ao Centro de Atenção Psicossocial, especializado no atendimento de pessoas dependentes em álcool e drogas (CAPs AD). Ela chegou a ser atendida, mas não aderiu ao plano de tratamento e acompanhamento. Também foi abordada durante uma crise e levada ao hospital, mas se recusou a passar por exames. A Secretaria de Saúde também atua por meio do Consultório de Rua, que garante atendimento, tratamento e acompanhamento de saúde a moradores de rua.

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