Moradores da rua Bahia enfrentam falta de água

Moradores da rua Bahia, no Quitandinha, estão enfrentando problemas com o abastecimento de água há, pelo menos, uma semana. Famílias inteiras e comércios estão fazendo racionamento por conta própria, na tentativa de não ficar completamente sem água. Mas com o calor intenso sem dar trégua nos últimos dias, a situação tem se agravado. Caso o fornecimento não seja regularizado, o sábado será sem banho para quem vive na região. 

Os principais afetados afirmam que o serviço está intermitente, o que impossibilita que a caixa d'água possa ser enchida por completo ao menos uma vez na semana. O reservatório das residências fica com cerca de um palmo de água e por isso cozinhar, tomar banho, lavar roupa, louça, entre outras atividades de rotina virou uma tarefa difícil. O jeito é abrir mão de algumas coisas na esperança que o serviço seja restabelecido.

De acordo com a empresa Águas do Imperador, houve um problema na bomba que abastece a região, mas o reparo já foi feito. A empresa afirmou ainda que por enquanto os moradores estão recebendo água por meio de manobra e que ao longo da noite de ontem o abastecimento seria regularizado. Isso significa que a previsão é que o problema seja solucionado.

“Esperamos que isso de fato ocorra! Não podemos continuar sem água, ainda mais nesse calor. Há quase uma semana recebemos abastecimento por cerca de 10 minutos durante o dia. Após esse período eles interrompem o fornecimento, isso não enche nem 1/3 do que preciso. Moro aqui com mais três pessoas, sendo uma delas idosa. Precisamos de solução”, desabafou Leanderson Amaral Fonseca. 

Já para a comerciante Luzia Barros, está ainda mais complicado. “Como servir os clientes e repor a louça limpa se não sei que horas terei água? Sem contar o calor! Ficamos o dia inteiro trabalhando e quando chegamos em casa não podemos tomar banho? Os funcionários da empresa dizem que a minha casa é muito no alto e por isso a bomba não consegue abastecer a minha caixa direito. Nesse caso, acredito que eles deveriam comprar uma que faça isso”, reclamou. 

A vendedora Priscila Santos Nunes tem quatro filhos, dois deles com menos de 8 anos. A Falta d'água tem exigido que ela vá até a casa da mãe para poder cuidar dos pequenos. “Criança não tem jeito, quer brincar toda hora. O que vou dizer para eles, não corre, porque não tem como tomar banho? Ficamos em uma situação bem delicada. Agora estamos na expectativa do serviço normalizar”, ressaltou.