• Moradores da Estrada da Fazenda Inglesa estão desde último dia 22 sem luz

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  • 26/01/2016 12:00

    Moradores da Estrada da Fazenda Inglesa, próximo ao número 3.928, estão desde o dia 22 de janeiro sem luz. O problema ocorreu quando uma barreira de terra, junto com árvores, caiu em cima da fiação de energia de alta-tensão, depois das fortes chuvas registradas na cidade na ocasião. Desde então, quem vive no local luta para que a barreira seja removida e a energia religada. Porém, de acordo com eles, um verdadeiro jogo de “empurra” foi adotado pela Secretaria de Obras, Comdep e Ampla. 

    A morosidade na resolução do problema causou sérios prejuízos financeiros às famílias e muitos transtornos na rotina. Um dos moradores, marido de Cecília Nussenbaum Chaplin, uma das moradoras afetadas, utiliza uma medicação a cada quinze dias, que precisa ficar refrigerada e não pode sofrer grandes alterações na temperatura como ocorreu. Para piorar, o tratamento é disponibilizado pelo SUS e as ampolas são entregues no número exato que o médico recomenda, ou seja, em caso de perda ou se elas estragarem, o paciente que tem que arcar com o prejuízo, que é de 2 mil dólares cada. Além disso, o casal precisou comprar um gerador no valor de R$ 2.570.

    “Estamos dentro do possível ajudando nossos vizinhos, nos oferecendo para lavar roupas entre outras coisas que conseguimos fazer graças ao gerador. Já com relação ao remédio do meu marido, a recomendação do farmacêutico foi que ele não tome medicação, mas não temos dinheiro para comprar outros. Pretendo entrar na Justiça contra a Ampla, isso porque há cerca de seis anos reportamos a questão dos remédios para a empresa e pedimos “preferência” no restabelecimento da energia em caso de queda, porém recebemos como resposta que isso não seria possível, pois o nosso caso não era considerado de emergência. Imagine se fosse? Agora estamos com quatro ampolas no valor de 2 mil dólares estragadas na geladeira”, disse Cecília indignada e em tom de preocupação.

    Já na casa da estudante Rafaela de Souza Penha toda a comida que estava na geladeira estragou. “Moro com meus pais e eu e minha mãe estamos tomando banho na casa do meu noivo. Meu pai está tomando banho frio. Diante da crise e do preço da comida foi um prejuízo grande. Entramos em contato com todos os órgãos responsáveis, porém um empurra a responsabilidade para o outro. A Ampla diz que não consegue passar no local com os caminhões, a Secretaria de Obras diz que a Comdep deve cortar e retirar as árvores para recolher a terra e o entulho e a Comdep diz que o serviço é em conjunto com os dois órgãos citados acima”, relatou nervosa. 


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