Moradores cobram em protesto retorno de linhas de ônibus no Montese
Moradores do Montese, na Estrada da Saudade, protestaram impedindo a circulação do ônibus que atende a localidade Luiz Pelegrini. O movimento, realizado na noite dessa terça-feira (60, cobrava que medidas fossem tomadas em relação à oferta do coletivo que atendia a comunidade, mas foi extinto durante a pandemia da Covid-19.
Segundo a cabeleireira Carla Segat, que mora no entorno, a retirada de algumas linhas que atendem a região dificultou a vida dos moradores. “Para quem mora no meio do caminho e consegue se deslocar via outras linhas, dá para se virar. Mas e quem vive onde retiraram os ônibus? Os veículos vivem cheios, tá sempre um problema pra se deslocar”, explica.
O morador Marcos Giovani Braz, diz que a linha que está suspensa tem pelo menos 500 metros de um trecho de subida, o que vem prejudicando principalmente idosas, que vivem no local.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro) confirmou que a linha de ônibus 527 – Montese, da empresa Cascatinha, está temporariamente paralisada após estudos e análises de demanda, mas justificou que os moradores são atendidos pela linha 522 – Luiz Pellegrini, em horários específicos ao longo do dia, “mesmo transportando, em média, cinco passageiros por viagem na região”. “Ainda assim, os moradores podem ter acesso às linhas 511 – Boa Vista e 523 – Alto da Boa Vista, na via principal, que é a Estrada da Saudade, que fica a apenas 225 metros do ponto final do Montese. Com essa oferta, os moradores possuem oferta de ônibus, em média, a cada 12 minutos na região”, alega o sindicato.
O sindicato acrescentou que todos os bairros e regiões estão sendo atendidos pelos ônibus em Petrópolis, mas deixou claro que mudanças foram feitas “para garantir a continuidade da prestação do serviço”.
“Atualmente, com queda superior a 45% na demanda de passageiros, as empresas precisaram manter o atendimento com uma operação dinâmica e mais adequada à quantidade de clientes, com adaptações diárias e semanais, de acordo com a abertura gradual do comércio e funcionamento das atividades sociais e econômicas. A adoção de um novo quadro de horários e o compartilhamento de linhas entre os bairros foi uma das alternativas encontradas para atender a população, mesmo diante de uma abrupta queda de arrecadação das empresas, conseguindo assim garantir a manutenção do emprego dos rodoviários”, informou.
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