• Moradores cobram da Prefeitura a retirada de resíduos e pedras da tragédia no Quitandinha

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  • Moradores já pediram mediação da justiça para que a Prefeitura retire os resíduos de uma área particular

    26/08/2022 12:45
    Por Enzo Gabriel

    Mais de seis meses após a tragédia, vários locais de Petrópolis continuam com marcas e sem solução para a recuperação da cidade. Na Rua Uruguai, no Quitandinha, um terreno particular atingido por deslizamentos de terra foi usado para o despejo de pedras e entulhos. De acordo com moradores, a justificativa da Prefeitura era que seria necessário temporariamente para que a desobstrução da via fosse realizada. No entanto, meses se passaram, a via foi desobstruída e o entulho segue no local.

    Por causa dos danos gerados no terreno e pelos possíveis impactos ambientais que isso poderia causar, moradores levaram um requerimento à Prefeitura de Petrópolis, solicitando a retirada do entulho, que foi encaminhado à Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep). A solicitação segue em aberto há mais de quatro meses.

    Até mesmo um pedido de mediação pré-processual chegou a ser realizado junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) para que o entulho fosse retirado, mas ainda segue sem retorno conclusivo.

    “Foram diversas tentativas, desde a tragédia, para que o entulho fosse retirado, mas nada foi feito. Inclusive ia começar a construir minha casa neste ano no terreno. Vários vizinhos também denunciaram, mas sem respostas”, conta Camila Seabra, proprietária do terreno.

    A Rua Uruguai foi um ponto bastante afetado pelas chuvas do dia 15 de fevereiro, tendo o registro de mortes no local. Até hoje, alguns pontos próximos estão interditados, impedindo a circulação adequada dos ônibus na localidade.

    “Tenho que conviver diretamente com poeira, cheiro de podre e esgoto a céu aberto por morar ao lado do terreno. Estou há seis meses sem encanamento de esgoto, usando um improvisado da residência ao lado, pois a tubulação passava no local que a barreira caiu e as pedras quebraram tudo. Já implorei para que resolvessem, mas fica apenas na promessa. É um descaso imenso. Tem uma residência inteira apodrecendo junto com o que tinha nela, na frente da minha casa, e ninguém me ajuda”, relata Aline Theobald, que mora ao lado do terreno.

    A Prefeitura foi questionada, mas não respondeu até a publicação da matéria.

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