• Moradora de Petrópolis cria peças lúdicas e inusitadas com material reciclado; conheça a história da artista Renata Gelli

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  • Por Aghata Paredes

    Quem conhece o trabalho artístico de Renata Gelli, conhecida como Renata GAM, se encanta por sua sensibilidade, criatividade e amor pela reciclagem. Moradora de Petrópolis há 58 anos, ela reaproveita materiais que iriam para o lixo e dá vida a peças únicas, a partir de um universo lúdico que ela mesma cria e nutre diariamente.

    De perto, suas criações artísticas remetem a grandes nomes do mundo das artes, como o cineasta Michel Gondry e o artista plástico Vik Muniz. Caixas de fósforo, papéis, tecidos sujos de tinta, lãs, linhas, barbantes, isopor, folhas, tampinhas, garrafas e até mesmo cartelas de remédios viram peças inusitadas nas mãos da artista, que foi apresentada ao mundo mágico da reciclagem aos seis anos de idade.

    “Não só meu pai, como minha mãe e minha avó materna, foram meus professores e meus maiores incentivadores. Aos seis anos de idade mais ou menos, aprendi crochê, bordado e tricô com minha avó e minha mãe. Me lembro também que nessa época, meu pai me apresentou ao mundo mágico da reciclagem. Desde então, modelava com barro, fazia jogos, colagens com cola de farinha trigo, desenhos… No nosso Natal era proibido comprar, pois cada um de nós tinha que fazer o seu próprio presente de amigo oculto. Utilizo uma infinidade de materiais hoje em dia. Fazer arte está na minha vida, é a minha essência.”, conta. 

    Através de sua arte, a petropolitana de coração, como ela mesma se intitula, propõe uma reflexão acerca do que é descartado no lixo todos os dias. “O lixo não existe e a quantidade de coisas que nós jogamos “fora” todos os dias é absurda. Tudo pode se transformar em arte. Eu acredito muito nisso e quero emocionar e encantar as pessoas com o que faço.”, relata.


    Com a reciclagem que realiza, Renata já contribuiu com diversos projetos na cidade. De suas mãos nasceram a tenda, pintada à mão, para a Dog’s Heaven (entidade filantrópica); os chocalhos de tampinhas, confeccionados carinhosamente para o Projeto Ampla Visão; o mural de adoção, também da Dog’s Heaven, na Casa Pellegrini, uma manta doada à SOS Serra, e muitas outras ações.


    Além de criar peças únicas a partir de materiais reciclados, Renata também é uma das idealizadoras e integrantes do projeto sem fins lucrativos na cidade, nomeado de Crochemigas. Desde a fundação do grupo, dezenas de crocheteiras vão até asilos, projetos sociais, ONG’s, comunidades e hospitais, levando mantas coloridas, alegria e afeto àqueles que mais precisam.

    Para conhecer mais o trabalho da artista, acesse @atelierrenatagam e também @crochemigas.

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