• Moedas Globais: dólar opera sem grande variação ante rivais, com agenda limitada

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  • 27/dez 18:22
    Por Matheus Andrade, especial para o Broadcast* / Estadão

    O dólar operou sem sinal único ante os principais rivais, em uma sessão com agenda esvaziada e movimentações limitadas, o que fez com que a moeda ficasse praticamente estável ante o euro e o iene. Por sua vez, entre emergentes, o dia contou com desdobramentos relevantes, especialmente nos casos do rublo russo e o won sul-coreano.

    O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em baixa de 0,12%, a 108,129 pontos. Na semana, houve alta de 0,20%. Perto das 18h00, o dólar recuava a 157,91 ienes, a libra tinha alta a US$ 1,2578 e o euro avançava a US$ 1,0428.

    As movimentações nas moedas, especialmente no euro e na libra, sugerem que os investidores tendem a vender o dólar no final do ano, afirma Brad Bechtel, analista da Jefferies. As duas poderão, portanto, ganhar um pouco mais no período que antecede 2025, diz ele. Os movimentos foram pequenos, no entanto, indicando volumes leves. Uma quebra acima da resistência gráfica em US$ 1,0450 para o euro poderia fazer com que a moeda subisse para US$ 1,0500, diz. A libra tem o potencial para atingir o suporte gráfico em US$ 1,2600 e depois em US$ 1,2744, diz Bechtel.

    O rublo russo teve forte desvalorização ante o dólar, recuando mais de 5%, seguindo sinalizações do Banco Central da Rússia de que retirará apoios ao ativo no começo de 2025. A moeda vem sofrendo com a volatilidade nas últimas semanas, especialmente pela possibilidade de novas sanções americanas à instituições financeiras russas. Nos últimos dias, Moscou confirmou ainda que está usando pagamentos em bitcoins para evitar parte das restrições que sofre desde a invasão da Ucrânia em 2022. No final da tarde, o dólar se valorizava a 105,7562 rublos, ante 100,0050 do final da sessão de ontem.

    O won tocou o menor nível em 15 anos na sequência da votação no Parlamento da Coreia do Sul do impeachment do presidente interino Han Duck-soo, que se recusou a fazer indicações para vagas do judiciário necessárias para o avanço do processo de impedimento de seu predecessor. O analista da Jefferies, Brad Bechtel, disse que autoridades sul-coreanas podem estar realizando intervenções para acalmar os movimentos, destacando que o Ministério das Finanças prometeu passos duros no câmbio no caso de um “comportamento de manada”. Ao final da tarde, o dólar desacelerava a alta a 1.474,67 wons após ter tocado a máxima de 1.487,40.

    O dólar paralelo na Argentina, conhecido localmente como “blue”, voltou a subir, e chegou em sua maior cotação desde o final de outubro. Além da redução dos juros pelo Banco Central da Argentina (BCRA) neste mês, a sazonalidade do final de ano, com um importante volume de divisas sendo enviado ao exterior por razões como as viagens de férias, é apontada como uma razão para a pressão no câmbio. Segundo o jornal Ámbito, o blue é cotado hoje a 1215 pesos.

    *Com informações Dow Jones Newswires.

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