• Moço, culto, com poder, mas mal-educado

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  • 09/03/2016 11:50

    O que passamos a narrar aos leitores ocorreu com uma pessoa que nos foi muito cara.

    Tratava-se de servidor integrante de uma repartição do governo estadual que figurava como responsável direto por importante unidade da citada repartição. O confidente, pelo que pudemos conhecê-lo, era incapaz de mentir por se tratar de uma pessoa de caráter, um servidor de escól. E assim foi: certa vez, nos contou que ao chegar ao seu setor de trabalho e após observar a fila de servidores que aguardavam para ser atendidos pelo grupo de funcionários que ali labutava, dirigiu-se à sua sala, percorrendo um longo corredor, deparando-se, entretanto, com um servidor que integrava o quadro de técnicos da repartição, porém já sofrendo de uma terrível doença que fazia com que seu corpo se curvasse para frente sem que pudesse mais levantar a cabeça.

    Não titubeou o zeloso funcionário e dirigindo-se ao quase paralítico lhe disse: “por favor me acompanhe que resolverei o seu pleito de imediato”. Neste mesmo momento, a “figura” que se encontrava logo atrás “esperneou” em voz alta e com aquela petulância que lhe era peculiar indagou: como é, agora não se respeita mais a ordem da fila? 

    Ah… senhores! o nosso confidente “descascou-o”, dando-lhe uma boa lição de moral, sendo desnecessário explicar aos caros leitores a triste situação vivida pelo grosseiro colega.

    Todavia, depois de já gozando uma justa aposentadoria, o servidor educado, gentil e sobretudo humano, veio a saber que um seu parente vinha sendo perseguido pelo moço culto, com poder, mas mal-educado, sabe-se lá porque…!

    E se o poeta tivesse conhecido a “peça” certamente escreveria: “a força bruta e a bravata não se escudam na razão, são argumentos de quem não tem qualquer formação”.

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