• Mocidade Alegre é campeã do carnaval de São Paulo em 2024

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 13/fev 18:32
    Por Ítalo Lo Re e Priscila Mengue / Estadão

    Vencedora em 2023, a Mocidade Alegre é novamente campeã do carnaval de São Paulo de 2024, somando 12 títulos e despontando como segunda maior vencedora. A escola de samba desfilou com o samba-enredo “Brasiléia Desvairada: a busca de Mário de Andrade por um país”, repleto de referências às expedições que o intelectual e escritor fez pelo Brasil.

    Como em outros anos, a presidente da Mocidade, Solange Cruz Bichara, permaneceu com terços em mãos ao longo da leitura das notas, junto ao Mestre Sombra, no sambódromo do Anhembi. A escola também foi campeã em 1971, 1972, 1973, 1980, 2004, 2007, 2009, 2012, 2013, 2014 e 2023. O desfile foi assinado pelo carnavalesco Jorge Silveira.

    “É uma emoção muito grande em um ano muito difícil e com um concurso muito acirrado, em que todas escolas foram muito bem e a gente não sabia quem iria ganhar”, disse Solange à imprensa após a vitória. “A gente tem uma equipe fantástica”, continuou.

    O resultado foi decidido no último quesito, Harmonia, quando Dragões da Real e Mocidade dividiam a liderança, com a pontuação máxima, 210 pontos. O título foi celebrado por representantes da agremiação durante a apuração, no sambódromo do Anhembi.

    Vai-Vai segue como maior vencedor do carnaval paulistano, com 15 campeonatos. Após o retorno do acesso, chamou a atenção neste ano com um desfile dedicado ao hip hop e marcado por críticas sociais. De volta à elite após anos no acesso e uma das maiores vencedoras do carnaval paulistano, a tradicional Camisa Verde e Branco conseguiu permanecer no Grupo Especial.

    Pela primeira vez em 30 anos, a apuração não teve as notas anunciadas por Antônio Pereira da Silva, o Zulu. A voz do carnaval paulistano se aposentou e foi substituída pela locutora Eloise Matos, na estreia de uma mulher nessa função.

    As escolas foram avaliadas em nove quesitos, com quatro jurados para cada. O primeiro quesito a ser anunciado, a Evolução, já contou com diversas escolas com notas inferiores a 10, de modo que seis despontaram com pontuação máxima (Barroca Zona Sul, Dragões da Real, Mocidade Alegre, Acadêmicos do Tatuapé, Acadêmicos do Tucuruvi e Império de Casa Verde).

    Chamou a atenção que o envelope não trazia a nota de uma jurada para a Império de Casa Verde. Desse modo, foi aplicada uma norma prevista no regulamento, a partir da média das demais avaliações: como tinha recebido duas notas 10 e uma 9,9, ficou com uma quarta nota 10, com 30 pontos ao total (dado que a menor é descartada).

    A partir de Comissão de Frente, a disputa afunilou e seguiram em primeiro lugar, com 60 pontos: Dragões, Mocidade e Tatuapé. As três continuaram dividindo a liderança no quesito seguinte, Fantasia, com 90 pontos.

    A partir de Enredo, a disputa afunilou entre Dragões e Mocidade. Ambas seguiram com nota máxima na apuração parcial após a leitura das notas de Samba-Enredo, com 150 pontos, mediante o descarte das menores notas de cada quesito.

    Na sequência, foi a vez de Bateria, na qual ambas seguiram no topo, com um total de 180 pontos. O próximo quesito foi Alegoria, igualmente com as duas escolas na ponta e com notas máximas (após os descartes), com 210 pontos.

    O penúltimo quesito foi de Mestre Sala e Porta Bandeira, na qual ambas seguiram dividindo a liderança, com 240 pontos. Por fim, ocorreu a leitura das notas de Harmonia.

    Neste ano, os jurados acompanharam os desfiles de cabines, não mais nas torres. Também ocorreram algumas alterações nas normas de avaliação das notas. O desfile das campeãs está marcado para o sábado, dia 17.

    Últimas