• Mísseis russos cruzaram a Polônia em ataque à Ucrânia e afetaram Moldávia

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  • 15/11/2022 18:25
    Por Associated Press / Estadão

    Uma barragem de mísseis russos na rede elétrica ucraniana fez com que a guerra se espalhasse para os países vizinhos nesta terça, 15, atingindo a Polônia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e cortando a eletricidade em grande parte da Moldávia.

    Os ataques mergulharam grande parte da Ucrânia na escuridão e desafiaram o presidente Volodymr Zelenskyy, que sacudiu o punho e declarou: “Sobreviveremos a tudo”.

    O porta-voz do governo polonês Piotr Mueller não confirmou imediatamente as informações de um alto funcionário da inteligência dos EUA, que falou sob condição de anonimato devido à natureza sensível da situação. Uma segunda pessoa confirmou que aparentes mísseis russos atingiram um local na Polônia a cerca de 24 quilômetros da fronteira com a Ucrânia. Mas Mueller disse que os principais líderes estavam realizando uma reunião de emergência devido a uma “situação de crise”.

    A mídia polonesa informou que duas pessoas morreram na tarde de hoje depois que um projétil atingiu uma área onde grãos estavam secando em Przewodów, uma vila polonesa perto da fronteira com a Ucrânia.

    A vizinha Moldávia também foi afetada. O país relatou quedas maciças de energia depois que os ataques derrubaram uma importante linha de energia que abastece a pequena nação, disse uma autoridade.

    Zelenskyy disse que a Rússia disparou pelo menos 85 mísseis, a maioria deles direcionados às instalações de energia do país, e escureceu muitas cidades. “Estamos trabalhando, vamos restaurar tudo. Vamos sobreviver a tudo”, prometeu o presidente. Seu ministro da Energia disse que o ataque foi “o mais massivo” bombardeio a instalações de energia desde a invasão russa, há quase 9 meses, atingindo sistemas de geração e transmissão de energia.

    O ataque aéreo, que resultou em pelo menos uma morte em um prédio residencial na capital, Kiev, seguiu-se a dias de euforia na Ucrânia, desencadeados por um de seus maiores sucessos militares – a retomada na semana passada da cidade de Kherson, no sul. A rede elétrica já foi atingida por ataques anteriores que destruíram cerca de 40% da infraestrutura energética do país. O presidente russo, Vladimir Putin, não comentou a retirada de Kherson.

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